Desaparecimento de cabo do exército completa um mês em Petrolina (PE)

Mãe de cabo do exército desaparecido busca notícias do filho (Foto: Reprodução/ TV Grande Rio )

Há um mês encontra-se desaparecido o cabo do exército do 72° Batalhão de Infantaria Morotizado, Oldemárcio Souza, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ele sumiu no dia 17 de fevereiro e a família tem uma suspeita que o desaparecimento tenha ligação com um processo judicial, em que o militar era testemunha.

A mãe do cabo do exército, Lucineide Souza, está desesperada sem notícias do filho. Ela conta que ele saiu de casa para trabalhar e não voltou mais. “Eu não sei quem pegou meu filho, nem o por quê. Pelo amor de Deus, se ele está com vida, entregue meu filho vivo”.

Oldemárcio Souza, de 27 anos, é casado e pai de um menino de cinco anos. A última notícia que a família teve do cabo foi que ele saiu do batalhão às 21h30, do dia 17 de fevereiro. Quase um mês se passou e os parentes estão sem informações sobre o cabo.

”Ele saiu de casa na sexta-feira às 6h, prestou serviço no Exército e 22h eu liguei para ele e perguntei se ele vinha no sábado para casa. Ele disse que estava de serviço e só sairia no sábado. No sábado ele disse que estava de serviço também e a gente não se preocupou. No domingo, não dei falta dele, porque eu achei que estivesse na casa da sogra. Aí o Cícero chegou e perguntou se eu não estava achando estranho o sumiço de Márcio, porque ele nunca passa 24h sem ligar para mim, e já eram 21h e nada dele. Eu comecei a me agitar, começamos a ligar e começou o desespero”, detalha a mãe. (VÍDEO)

Após dez dias do desaparecimento, o carro do militar foi encontrado queimado, no distrito de Maçaroca, em Juazeiro, na Bahia.

A família disse que há uma suspeita que o desaparecimento do cabo tenha ligação com um processo que corre na justiça. Ele era testemunha de um crime eleitoral ocorrido nas últimas eleições municipais de Petrolina e iria ser ouvido pela Polícia Federal dias antes do desaparecimento.

Segundo a mãe, antes de sumir, o militar andava nervoso e relatou que estava sendo perseguido. “Na quinta-feira, quando eu falei com ele, eu achei ele preocupado. Ele disse: ‘mãe, eu estou preocupado’ e eu perguntei o por quê e ele falou ‘È uma perseguição, tem gente me perseguindo’.



(Imagens: Reprodução)

Um amigo da família, Júlio César Monteiro, que também é testemunha no processo, contou também que Oldemárcio teria sofrido uma emboscada e alertou para o risco que estaria correndo. “ Ele apenas relatou que estava com medo, porque teria sofrido algumas retaliações, perseguições.

O caso é investigado pela Polícia Civil desde o dia 19 de fevereiro. O delegado Ailton Júnior Oliveira informou que não pode revelar nenhuma informação sobre o caso. “ A gente já tem mais ou menos o último percurso que ele esteve no domingo, mas a gente não pode adiantar nada por enquanto para não atrapalhar as investigações.

Enquanto o caso não é desvendado, a mãe Lucineide segue angustiada e faz um apelo por notícias. “Nós não vamos fazer nada, eu perdôo, mas eu estou te pedindo, ele tem a mim, devolva meu filho vivo”.

Em nota, o comando do 72° Batalhão de Infantaria Morotizado do Exército reiterou que está à disposição da família e de todos os órgão de segurança pública que estão trabalhando no caso. As informações são do G1 Petrolina.

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