Polícia de Pernambuco acha Júlia no Amapá e prende o pai da menina


Quatorze dioas depois de ser levada pelo pai, após uma visita, a menina Júlia Cavalcanti Alencar, de 1 ano e 9 meses, foi localizada, no sábado (23), pela Polícia Civil de Pernambuco. Ela estava na cidade de Santana, no Amapá.
O pai dela foi preso durante uma operação realizada na área central daquela cidade. A criança chega ainda neste domingo (24) ao Recife.  As investigações que resultaram na localização de Júlia e na prisão do pai foram feitas em parceria com polícia daquele estado.
As delegadas Gleide Ângelo e Fabiana Leandro, responsáveis pelas investigações, foram para o Norte do país para buscar a garota. Também providenciarão o retorno do pai, sob escolta policial.
Júlia foi levada pelo pai no dia 10 de julho, em Olinda, no Grande Recife. Ao longo desse período.parentes e amigos  intensificaram a mobilização nas redes sociais para tentar achar a criança. A página do Facebook “Vamos encontrar Júlia”, em uma semana, contou com mais de 8 mil seguidores.
Na página, a mãe da menina, Cláudia Cavalcanti, que está separada do ex-marido, falava sobre todo o sofrimento. Também informava telefones do Disque-Denúncia e garantia o anonimato para quem tivesse o interesse de procurar o serviço.
Por recomendação da polícia, os administradores da página não puderam ser identificados. Eles são conhecidos do pai de Júlia. Mesmo sob o anonimato, os responsáveis pela campanha “Vamos encontrar Júlia” ressaltaram, na época, a importância do apoio que estão recebendo.
Entenda o caso
O Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA)  passou a investigar o desaparecimento de Júlia ainda no dia 10 de julho.  A tia da criança, a enfermeira Mirella do Amaral, informou que o pai tinha direito a uma visita por fim de semana e, na segunda vez em que foi buscar a filha, não a trouxe de volta. A polícia informou que o pai sacou R$ 400 mil uma semana antes de pegar a garotinha.

Segundo a polícia, o pai da criança está em situação irregular com a Justiça, pois descumpriu uma decisão judicial. Ele não atende o celular e sumiu das redes sociais. Como não possui emprego fixo, os responsáveis pela investigação temiam que ele deixasse o estado ou o Brasil.
Por isso, foram acionados a Polícia Federal, que controla o fluxo nos aeroportos, e o Grupo de Operações Especiais. Também houve alerta para os responsáveis pelo Terminal Integrado de Passageiros (TIP), maior rodoviária do estado, localizada no Recife.
A PF, por sinal, incluiu o nome da menina no Sistema de Módulo de Alerta e Restrições, o que torna a proibição da saída da garota do país por meio de aeroportos e portos de todo o território nacional.
A mãe da criança foi orientada pela polícia a também procurar ajuda da Justiça. A polícia recomendou  que ela fosse com o Boletim de Ocorrência até a vara em que saiu a decisão do processo da guarda para que a juíza tome conhecimento do caso e possa decretar a busca e apreensão da criança devido ao descumprimento da decisão judicial. informações do Ricardo Novelino / G1 PE.

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