Mais de 30 casos de tuberculose são notificados em 2017 em Petrolina (PE)

Transmissão da bactéria acontece pela saliva (Reprodução / Foto: Reprodução/EPTV)


De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, 34 casos de tuberculose já foram notificados no município nestes primeiros meses de 2017. O número é maior que o mesmo período do ano passado, em que o município registrou 19 casos. Apesar de ser quase o dobro do índice, o registro está dentro do quantitativo notado nos últimos anos, segundo a Secretaria.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa e endêmica causada pelo Mycobacterium tuberculosis, uma bactéria que afeta principalmente os pulmões. A doença pode ser transmitida de pessoa a pessoa pelas gotículas de saliva.O primeiro sintoma da doença é uma tosse que se prolonga por três semanas ou mais. E este primeiro sinal deve ser considerado, pois o diagnóstico precoce da doença é fundamental, já que ela pode, inclusive, levar o paciente à morte.
Mas de acordo com o técnico em epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina, Francisco Freitas, como a tuberculose ainda está revestida por estigma e preconceito, isso acaba se tornando um obstáculo. “As pessoas ficam ressentidas diante do diagnóstico da tuberculose e isso complica. É importante que as pessoas se sensibilizem. Na maioria das vezes o diagnóstico é simples e o tratamento é seguro”, disse Francisco Freitas.
O diagnóstico é feito pelo exame de escarro, junto aos exames de raio x e o clínico. “A gente pode fechar o quadro da tuberculose com os outros exames. Confirmado o resultado do escarro, pode ser feito o raio x do tórax, que auxilia no resultado. Mesmo o exame do escarro sendo negativo, nem sempre significa que a pessoa não tenha a doença. Isso vai depender da quantidade de bacilos que a pessoa tenha. Fechado o diagnóstico, tem que iniciar imediatamente o tratamento da pessoa”, disse.
O grande problema, segundo Francisco Freitas, é que muita gente inicia o tratamento e abandona quando começa a se sentir mais disposto, o que pode provocar a resistência da bactéria aos medicamentos comumente utilizados. O tratamento para a doença dura entre 6 e 9 meses.
“O tratamento da Tuberculose só se encerra ao final do último comprimido que a pessoa toma. Isso é um grande problema. Se a pessoa abandona o tratamento pode desenvolver uma resistência medicamentosa. Ela não consegue se tratar com os medicamentos rotineiros clássicos que a gente usa no tratamento da doença. Ela vai ter que ser submetida a um tratamento especializado, com drogas mais fortes, o que acaba dificultando o tratamento. Este tratamento mais especializado nem é feito em Petrolina”, destacou o técnico em epidemiologia.
Todas as unidades do município estão credenciadas para fazer o diagnóstico e o tratamento das pessoas em Petrolina. Informações da Amanda Franco / G1 Petrolina.

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