Dono de farmácia é preso por vender remédios furtados de posto de saúde na Bahia

Medicamentos repassados pelos SUS eram roubados de posto de saúde e vendidos em farmácia na Bahia (Foto: Eudo Mendes/Itapetinga Repórter)

Um homem de 32 anos, proprietário de uma farmácia da cidade de Itapetinga, no sudoeste da Bahia, foi preso nesta terça-feira (1°) por envolvimento em um esquema de roubo de medicamentos de um posto de saúde do município. Segundo a polícia, o homem pagava R$ 100 semanalmente para uma farmacêutica da prefeitura furtar os medicamentos, apagava a frase impressa na embalagem dos medicamentos que indicava "venda proibida" e colocava os produtos para serem comercializados em seu estabelecimento. 
A prisão do dono da farmácia foi em flagrante. De acordo com a polícia, a mulher que ajudava a retirar os remédios confessou o crime. "Ela foi encontrada e ouvida, mas como o furto não aconteceu recentemente, mas há cerca de cinco meses, ela vai responder em liberdade", explicou o delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, que investiga o caso.
O delegado também relatou como a polícia chegou aos criminosos. "Nos remédios, onde estava escrito 'venda proibida', ele riscava ou passava álcool na frase e vendia. Certo dia, um paciente fez a compra e desconfiou, então resolveu procurar a Secretaria de Saúde do município. A secretaria, acionou a Vigilância Sanitária e fizemos uma ação conjunta até chegar aos criminosos", disse.
Conforme a polícia, o homem que está preso na delegacia da cidade vai responder por receptação qualificada e tráfico de drogas, já que repassava medicamentos controlados sem permissão. "Encontramos uma caixa de anabolizante no momento da prisão, e ele confessou que ministrou em uma pessoa. Além disso, ele vendia medicamentos a traficantes e fazia curativos neles quando solicitado", relatou o delegado.
O delegado ainda informou que a polícia vai encaminhar o inquérito para a Secretaria de Saúde de Itapetinga, para que a pasta defina se vai determinar alguma punição administrativa contra a farmacêutica.
O secretário de Saúde do município, Emanuel Santos, informou que o caso está sendo analisado pelo setor jurídico da prefeitura, onde será definido o afastamento, ou não, da mulher. (Do G1 BA)

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