Produtores do Vale do São Francisco esperam alta na exportação de frutas

Exportação de frutas pode crescer no Vale do
São Francisco (Foto: Reprodução/TV Grande Rio)

Apesar da crise econômica do país, o volume de exportações de frutas do Vale do São Francisco está indo muito bem. Com o mercado interno não atrativo, a expectativa dos produtores de uva e manga da região é de que as vendas para o exterior sejam melhores do que as do ano passado. O foco das vendas são para os Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Holanda.
Em uma plantação no Projeto de irrigação Nilo Coelho, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, o ritmo de trabalho é acelerado nesta época de exportação. A estimativa é que sejam enviadas 13 mil e 700 toneladas da manga tommy atkins para o exterior. Esse número é de 700 toneladas a mais do que no ano passado.
A caixa com 4 kg pode ser vendida por 7 dólares. Para dar conta da encomenda, foi preciso abrir mais vagas de emprego, foram 50 no total, boa oportunidade para quem estava desempregado. "Eu tava há 3 meses procurando emprego no comércio e em outras áreas e não conseguia. E aqui se abriu essa porta, graças a deus, e eu tenho procurado desempenhar o meu melhor aqui pra poder continuar firme nessa luta”, revela o trabalhador rural, Willian Macedo.


Os investimentos na fazenda vão além da mão de obra. "O investimento começa bem antes na parte de insumos e materiais que a gente faz já pensando nessa época do ano, que é uma época em que a empresa exporta bastante. É a época da empresa ganhar, e ter um lucro maior devido à exportação para os Estados Unidos”, revela o técnico agrícola, Roberto Martins.
Em 2015, o Vale do São Francisco foi responsável por 99% de toda exportação nacional de uva. Isso gerou cerca de 72 milhões de dólares. Também no ano passado, saíram daqui 85% de todas as mangas exportadas pelo Brasil. O que movimentou cerca de 184 milhões de dólares. Segundo a Associação de Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), a expectativa é de que esses números aumentem agora em 2016.
O mercado interno não tem sido muito atrativo, quem aposta na exportação vive, já há alguns anos, um bom momento, principalmente em se tratando de mangas e também de uvas. "A gente tem essa expectativa de crescer 10%, primeiro porque o câmbio, o dólar, tá favorável, se comparado aos últimos quatro anos. E o principal: a nossa qualidade da fruta, a nossa fruta é diferente de frutas produzidas em outros países, então nós temos uma maior concentração de brix, que é o doce, e isso dá a preferência aos consumidores lá de fora”, explica o gerente-executivo da Valexport, Tássio Lustoza.
Esta fazenda de uvas ainda não exportou este ano, mas a colheita deve começar em algumas semanas. O foco para as vendas são Inglaterra, Alemanha e Holanda. Para esses países, devem ir quatro variedades da fruta, incluindo a Seibel, uma uva que tem um sabor muito apreciado pelos europeus. O preço da caixa com 5 kg pode sair por até 10 euros. No ano passado, foram colhidas 550 toneladas. Este ano eles querem, pelo menos, 100 toneladas a mais.
A exportação tem sido uma alternativa boa, melhor às vezes do que o mercado interno ressalta o produtor rural Edis ken Matsumoto. “Nós estamos num momento de expectativa. É claro que o câmbio favorece a exportação e a gente espera ter um bom retorno com a exportação, apesar de o mercado interno estar bastante complicado em termos de economia, mas a gente espera que o mercado de exportação compense isso”.  informações do G1 Petrolina.

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