Restos mortais da menina Beatriz foram sepultados em cemitério de Petrolina — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Segundo o pai de Beatriz, Sandro Romilton, a transferência ocorreu para que a família e os amigos ficassem mais próximos à Beatriz. "Beatriz ficava em um cemitério da família, mas eu e Lúcia nunca tivemos condições de ir até lá, a cova de Beatriz não tinha identificação, era uma cova rasa. Nós nunca fomos levar nenhuma vela. Quando disseram que traria Beatriz para um local que pudesse lembrar das suas memórias, a gente achou justo. Todas as pessoas tem a oportunidade de vir e fazer as suas preces. E Beatriz foi morta em Petrolina, não podemos esquecer isso".
Sepultamento de Beatriz em cemitério de Petrolina — Foto: Reprodução/ TV Grande Rio
Participaram sepultamento, familiares, amigos e membros do grupo ‘Somos Todos Beatriz”. O pai Sandro Romilton falou ao público em uma breve cerimônia e disse que a família deve continuar a luta para a solução do crime. "Petrolina tem se tornado uma cidade muito violenta e nos vamos lutar, não só pelo caso de Beatriz, mas por todos as outras mazelas que estão acontecendo na nossa cidade. Nossa família, nosso grupo vai estar à disposição. Nós estamos de pé, mais do que nunca. Nada vai nos parar, uma vitória receberemos se assim Deus nos permitir".
No sepultamento, a mãe de Beatriz estava muito emocionada, se despediu da filha, deixando no jazigo objetos pessoais da menina, uma bolsa e batons. Os restos mortais de Beatriz agora devem ficar embaixo da 'Árvore da vida', uma árvore da espécie Angélica, que fica em um local privilegiado em um cemitério de Petrolina.
O crime
Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio. As informações são da Juliane Peixinho / G1 Petrolina.
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