Nova chefe-geral da Embrapa Semiárido aponta parcerias como prioridade da gestão

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No dia 1º de setembro se iniciou uma nova gestão da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), tendo à frente a pesquisadora Maria Auxiliadora Coelho de Lima no cargo de chefe-geral. A solenidade de posse será realizada, de forma virtual, às 11 horas do dia 24 de setembro, com a participação do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville. A transmissão ao vivo será feita pelo canal da Embrapa no YouTube.

Com base no plano de trabalho apresentado no processo de seleção, a nova chefia aponta como uma das principais diretrizes e prioridades o fortalecimento da relação da Empresa com as instituições e também com o setor produtivo, comunidades e associações.

“A Embrapa tem uma tradição de ações em parceria com o setor produtivo, e a nossa visão é tornar isso mais forte, de maneira que as linhas de pesquisa, as atuações e as áreas da nossa equipe tenham um alcance maior. Nós temos parcerias muito bem consolidadas, que serão pontes para potencializar o nosso trabalho”, destaca Auxiliadora.

Ela explica que, ¨ao estabelecer uma relação com determinado parceiro para desenvolver um trabalho em conjunto, a Embrapa tem a sua contribuição, mas o parceiro também traz seu know how, informações, sua experiência e sua demanda de problema pra gente aportar soluções, e assim conseguimos ter um impacto maior das nossas ações, destacando o nosso papel para o desenvolvimento regional¨.

Outro grande desafio apontado pela chefe-geral é atingir os diferentes estados do Semiárido brasileiro, que têm realidades distintas e, portanto, demandas variadas. A proposta é de atuação conjunta com outras instituições, como as universidades, os institutos federais, associações, empresas de assistência técnica e extensão rural e as empresas estaduais de pesquisa, entre outros e, assim, conseguir conjuntamente ter as iniciativas que atendam as várias necessidades e microrregiões do Semiárido. “Sabemos que nossa capacidade operacional tem limitações frente a um número enorme de demandas para os diferentes perfis de produtores, assim como ocorre com outras instituições presentes na região, por isso a convergência de esforços é fundamental para que possamos ter contribuições mais abrangentes”, ressalta.

Ela destaca, ainda, a importância de estabelecer as prioridades, identificando o que é mais urgente e o que é possível alcançar com mais eficiência. ¨Há temas de pesquisa decorrentes de problemas recorrentes que precisam de novas iniciativas para resolver, bem como há outros que são novos e requerem um olhar atento para os cenários que se desenham para o Semiárido¨, pontua.

Para Auxiliadora, o fortalecimento dessas parcerias também visa ampliar o potencial de divulgar as tecnologias, os requisitos para adoção, a realidade para a qual se aplica e os benefícios gerados. “Nós não podemos atingir dezenas de milhares de pessoas diretamente, mas é possível formar multiplicadores e esses multiplicadores alcançarem um número grande de produtores. Essa é uma estratégia, também, para suprir a limitação operacional em função de tamanho de equipe e, inclusive, de recursos para a realização constante de eventos”.

Ela ressalta que, em razão da pandemia, a Empresa passou pela experiência de aperfeiçoar os processos de formação on-line, tendo hoje ferramentas que permitem atingir um público grande, por meio de capacitações, treinamentos, palestras, entre outros. Considera, no entanto, que as ações presenciais também continuam sendo fundamentais, e que as estratégias podem ser diversas, conforme a realidade e o objetivo que se pretende atingir.

Inovação

A chefe-geral destaca a necessidade de atualização e consultas regulares junto ao setor produtivo, com o objetivo principal de manter o vínculo entre o que é demandado e a contribuição da pesquisa para solucionar os problemas. Outro foco importante é identificar o impacto que essas contribuições causam.

“Precisamos fortalecer os nossos projetos de pesquisa, mas principalmente avançar no campo da inovação, uma vez que ela só existe quando o usuário incorpora uma determinada solução para um problema, e também quando ele participa do desenvolvimento dela em conjunto com a Embrapa, avaliando se realmente é esse o tipo de solução que se ajusta à sua realidade e que resolve a questão. Auxiliadora observa que, durante muito tempo, essa foi uma limitação da atuação da Empresa, que tinha tecnologias para determinados problemas, mas que muitas vezes não chegava ao usuário. Por isso, ela aponta a necessidade de reforçar essa ponte, para que o usuário reconheça que existem tecnologias desenvolvidas para atendê-lo, para amenizar e solucionar efetivamente problemas da sua atividade produtiva, e que estão disponíveis para serem adotadas.

“O objetivo é que, ao gerar resultados, eles sejam incorporados pelos usuários para que se tenha uma melhoria econômica, mas também de competitividade da cadeia produtiva, além dos aspectos sociais, contribuindo para o desenvolvimento regional e os demais benefícios que podem vir de um resultado consistente”, observa.

Para a chefe-geral, essas interfaces são fundamentais pra ter maior clareza do que a Embrapa está realizando, mas também ter maior relevância do uso daquilo que a Empresa disponibiliza, alcançando o maior número possível de beneficiários. “Nosso papel é de uma instituição promotora de desenvolvimento social e econômico no Semiárido. A gente precisa apresentar isso como nosso grande lema e como frente para qualquer iniciativa. Então, a nossa perspectiva é deixar isso visível, tanto interna quanto externamente, para atingir o público-alvo, nas áreas do Semiárido onde podemos alcançar, e que isso seja reconhecido como contribuição”, conclui.

Sobre a gestora

Com quase 20 anos de atuação na Empresa, Maria Auxiliadora Coêlho de Lima tem vasta experiência em gestão, tendo sido chefe adjunta de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Embrapa Semiárido, no período de dezembro de 2007 a abril de 2015. Antes, foi coordenadora da equipe de pesquisadores do Núcleo Temático de Agricultura Irrigada da Unidade, de abril de 2006 a dezembro de 2007, e também coordenou as ações de P&D e Transferência de Tecnologia da rede de pesquisa em Vitivinicultura no Semiárido, de 2013 a 2018.

Nos últimos dois anos foi coordenadora do Portfólio de Fruticultura Tropical da Embrapa, que reúne todos os projetos de pesquisa voltados para a temática no âmbito da Empresa, em todo o país. Nessa oportunidade, teve importantes experiências que deverá trazer para a gestão da instituição, principalmente as priorizações de pesquisa, por meio de uma atuação de contatos e consultas a representantes do setor frutífero de vários estados brasileiros, levantando os principais problemas e demandas do setor produtivo. Auxiliadora é graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia (1993), e tem mestrado e doutorado na mesma área, com especialização em Fitotecnia, ambos cursados na Universidade Federal do Ceará (1998 e 2002, respectivamente). Como pesquisadora, atua na área de agronomia, com ênfase em Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita.

Ela substitui o também pesquisador Pedro Carlos Gama da Silva, que ocupou o cargo desde 2014. Seu mandato terá um período de dois anos, prorrogável por até duas vezes em igual período, podendo chegar a 6 anos.

Os chefes-adjuntos que compõem a equipe de gestão são os pesquisadores Natoniel Franklin de Melo, na Pesquisa & Desenvolvimento, e Rita Mércia Estigarribia Borges Faustino, na Transferência de Tecnologia, e o analista Luís Magno Silva de Menezes na Administração.

Essas informações são da Ascom - Embrapa

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