Como justificativa para a decisão, Milei disse que a política externa de seu governo "difere em muitos aspectos" do que era praticado pelo ex-presidente Alberto Fernández, que negociava a integração da Argentina ao grupo econômico a partir de 1º de janeiro de 2024.
“Algumas decisões tomadas pela gestão anterior serão revisadas. Entre elas encontra-se a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país nos Brics”, escreveu o presidente argentino
Além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul receberam o comunicado. Ao longo do ofício, Milei escreve para cada um dos cinco representantes dos países do bloco que é compromisso do governo argentino "a intensificação dos laços bilaterais", com foco no "aumento dos fluxos de comércio e de investimentos”.
A Argentina era um dos cinco países que poderiam ser incluídos no bloco, após reunião entre os países membros em agosto. Na ocasião, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Irã também foram citados.
Durante sua campanha eleitoral, o presidente argentino já havia manifestado o interesse em não entrar no Brics a partir do ano que vem, mas ainda não havia falado sobre o assunto depois que assumiu a presidência.
Apesar de recusa, Milei enviou pedido à OCDE logo após assumir mandato
Dias depois de tomar posse como presidente da Argentina, Milei enviou uma carta à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para incluir a Argentina no grupo "o mais rápido possível".
O bloco econômico decidiu aceitar que o país se candidatasse para entrar no bloco ano passado. O Brasil também está na lista de "membros em potencial". Atualmente, 38 países fazem parte do bloco, a maior parte deles na Europa e na América do Norte. Até o momento, o Chile e Colômbia são os únicos representantes sul-americanos.
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