A retirada do país da lista consta no relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025) e se baseia na média trienal de 2022 a 2024, que aponta uma taxa inferior a 2,5% da população brasileira em condição de subnutrição, critério usado pela FAO para classificar países no Mapa da Fome.
A saída ocorre dois anos após o Brasil retornar à lista. A presença no Mapa da Fome entre 2018 e 2020 foi associada por especialistas e organismos internacionais à alta da insegurança alimentar grave, combinada a fatores como aumento da pobreza, desemprego e redução de políticas públicas voltadas à proteção social.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, atribuiu a melhora a políticas públicas, como o Brasil Sem Fome.
A FAO alerta que fatores como mudanças climáticas, crises econômicas e conflitos regionais seguem afetando o acesso à alimentação no mundo inteiro.
A 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, onde o anúncio foi feito, segue até terça (29 de julho), com representantes de governos, organizações multilaterais e da sociedade civil debatendo caminhos para garantir sistemas alimentares mais justos, sustentáveis e resilientes.
Histórico
O Brasil havia saído do Mapa da Fome pela primeira vez em 2014, após mais de uma década de políticas de segurança alimentar. No entanto, voltou à lista no triênio 2018–2020. Com a nova retirada anunciada nesta segunda, esta é a segunda vez que o país conquista a exclusão da lista da ONU.
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