A publicação é acompanhada por uma ilustração de Bolsonaro com o rosto pintado com as cores da bandeira e usando um chapéu viking, referência a Jacob Chansley, apoiador extremista de Donald Trump que participou da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Brazil offers a lesson in democracy to an America that is becoming more corrupt, protectionist and authoritarian https://t.co/jS91bm6WnU pic.twitter.com/KZx4UqOtDw
— The Economist (@TheEconomist) August 28, 2025
Segundo o artigo, os dois países parecem estar trocando de papéis.
“Os Estados Unidos estão se tornando mais corruptos, protecionistas e autoritários — com Donald Trump, nesta semana, interferindo no Federal Reserve e ameaçando cidades controladas pelos democratas. Em contraste, mesmo com o governo Trump punindo o Brasil por processar Bolsonaro, o próprio país está determinado a proteger e fortalecer sua democracia”, diz um trecho.
A revista aponta ainda que Bolsonaro e seus aliados provavelmente serão considerados culpados no julgamento marcado para 2 de setembro. Para a publicação, “isso faz do Brasil um caso de teste sobre como os países se recuperam de uma febre populista”.
O texto ressalta também que “o golpe fracassou por incompetência, e não por intenção”.
Apesar da polarização política, afirma a revista, a maioria dos brasileiros “tem plena consciência do que Bolsonaro fez”, incluindo governadores conservadores que buscam espaço para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do próximo ano.
Por fim, a The Economist observa que, diferentemente dos Estados Unidos, muitos políticos brasileiros tradicionais, de diferentes partidos, preferem atuar dentro das regras e avançar por meio de reformas. “Esses são os traços da maturidade política. Pelo menos temporariamente, o papel de adulto democrático do hemisfério ocidental se deslocou para o sul”, conclui o artigo.
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