Reprodução / SBT News
Imagens da transmissão ao vivo do evento, mostraram o momento em que os representantes esvaziaram o hall enquanto o premiê israelense era aplaudido e vaiado por quem estava presente.
Essa não é a primeira vez que o líder israelense é alvo de protestos na principal reunião do organismo internacional devido à guerra na Faixa de Gaza.
O conflito, iniciado em 7 de outubro após um ataque do grupo extremista Hamas, já causou mais de 65 mil mortes e levou o enclave palestino a uma crise humanitária catastrófica. Líderes mundiais, incluindo de nações aliadas a Israel, vêm pressionando o premiê por um cessar-fogo.
No início de seu discurso, Netanyahu elogiou as operações de Israel contra o Irã e seus representantes no Oriente Médio, como os Houthis, no Iêmen; Hezbollah, no Líbano; e o Hamas, na Palestina.
“No ano passado, massacramos os Houthis, inclusive ontem. Esmagamos o grosso da máquina terrorista do Hamas. Paralisamos o Hezbollah, eliminando a maioria de seus líderes e grande parte de seu arsenal de armas”, disse Netanyahu.
“Você se lembra daqueles bipes, dos pagers, nós ligamos para o Hezbollah e, acredite, eles entenderam a mensagem”, disse Netanyahu. “E o mais importante, e acima de tudo que eu poderia dizer a vocês, é que nós fizemos no ano passado, na última década, devastamos os programas de armas atômicas e mísseis balísticos do Irã”, acrescentou.
Faixa de Gaza
O premiê israelense também endereçou o conflito na Faixa de Gaza e prometeu "terminar o trabalho" de eliminar o Hamas em Gaza, afirmando que os reféns israelenses não foram esquecidos.
“Os últimos elementos, os últimos remanescentes do Hamas, estão entrincheirados na Cidade de Gaza. Eles prometem repetir as atrocidades de 7 de outubro uma e outra vez, não importa quão reduzidas estejam suas forças”, disse ele. “É por isso que Israel precisa terminar o trabalho. É por isso que queremos fazê-lo o mais rápido possível.”
Alto-falantes em Gaza
Durante o discurso, Netanyahu informou que cercou Gaza com enormes alto-falantes conectados ao microfone da ONU, "na esperança de que nossos queridos reféns ouçam minha mensagem".
Falando em hebraico, o líder israelense afirmou: “Nossos bravos heróis, aqui é o Primeiro-Ministro Netanyahu, falando com vocês, ao vivo das Nações Unidas. Não nos esquecemos de vocês, nem por um segundo".
Críticas a líderes mundiais
O primeiro-ministro não poupou críticas aos países ocidentais que reconheceram recentemente o Estado da Palestina durante seu discurso.
Segundo Netanyahu, o apoio global a Israel após o ataque de 7 de outubro "rapidamente evaporou quando Israel fez o que qualquer nação que se preze faria após um ataque tão selvagem: nós revidamos".
Em seguida, acusou os líderes mundiais de travarem "guerra política e jurídica contra Israel".
"Esta semana, os líderes de França, Reino Unido, Austrália, Canadá e outros países reconheceram incondicionalmente um Estado palestino. Eles fizeram isso após os horrores cometidos pelo Hamas em 7 de outubro – horrores elogiados naquele dia por quase 90% da população palestina.", afirmou.
"Isso não é uma acusação contra Israel. É uma acusação contra vocês. É uma acusação contra líderes fracos e necessitados que apaziguam o mal em vez de apoiar uma nação cujos bravos soldados os guardam nos portões. Eles já estão penetrando em seus portões", completou.
Estado da Palestina
Classificando a recente onda de reconhecimentos como "vergonhosa, pura loucura e insana", Netanyahu rejeitou a noção de um Estado da Palestina e afirmou que seria o mesmo que dar à Al-Qaeda um Estado a um quilômetro de Nova York depois de 11 de setembro
“O que vocês estão fazendo é dar a recompensa máxima aos fanáticos intolerantes que perpetraram e apoiaram o massacre do Sabbath.", disse ele.
"Israel não permitirá que vocês nos imponham um Estado terrorista. Não cometeremos suicídio nacional porque vocês não têm coragem de enfrentar uma mídia hostil e turbas antissemitas que exigem o sangue de Israel", continuou e completou:
"Minha oposição a um Estado palestino não é simplesmente uma questão de política minha ou do meu governo, é uma questão de política do Estado e do povo do Estado de Israel"
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