Incidentes tendem a aumentar com a chegada do calor e das férias.
Ilha do Fogo deve ser sinalizadas com boias e cordas até dezembro.
Ilha do Fogo entre Petrolina-PE e Juazeiro-BA (Foto: Emerson Rocha/ Globo Esporte.com)
Com a chegada dos dias mais quente e com a proximidade do verão e das férias, a tendência é aumentar o número de afogamentos em balneários do Rio São Francisco. Para coibir esse tipo de ocorrências, o Corpo de Bombeiros de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, pretende implantar medidas preventivas. Entre elas está a sinalização dos locais mais frequentados pelos banhistas.
O major e subcomandante do 4º Grupamento de Bombeiros, Welttman Lima, explica que afogamentos tornam-se mais constantes durante determinado período do ano. “Primeiro temos o calor. Em seguida vem dezembro, que é mês de férias. Esses dois fatores aumentam consideravelmente a quantidade de afogamentos. No período frio, já não registramos tantos casos. Mas, ultimamente, estamos registrando um toda semana. Não necessariamente em um único ponto, mas em diversos locais do Rio São Francisco”, ressalta.
Em 2015 já foram registrados 20 afogamentos. Mas o número pode ser ainda maior, já que os Bombeiros só registram as ocorrências que atendem. Quando não é a guarnição que sai do quartel para atender uma vítima de afogamento, os dados não são registrados na corporação. E, na grande maioria, os incidentes estão ligados ao uso abusivo de álcool. As ocorrências são registradas geralmente aos domingos, com homens com idade entre 21 a 30 anos.
“Geralmente o álcool está no meio. Antigamente se tinha uma ideia de que quem morria afogado era quem sabia nadar, porque se arriscava mais e quem não sabia nadar, nem tentava ir. Mas as características físicas do rio mudaram e temos muitos buracos. Com essa mudança, já não temos mais esse pensamento. São pessoas de todas as idades, que sabem ou não nadar”, detalha o major.
Para evitar acidentes no rio, a orientação do Corpo de Bombeiros é de que os banhistas fiquem atentos e procurem seguir dicas de segurança. “É difícil dizer para que as pessoas não consumam bebida alcoólica, mas pedimos que diminuam a quantidade. Se tiver criança, que redobre a atenção e procure não perder de vista. E quem é de fora, que é acostumado com praia, tem que ter cuidado porque a correnteza no mar é diferente da que segue no curso do rio. Hoje estamos com muitos buracos no rio, então, se tiver um guarda-vidas, é importante perguntar qual a parte mais tranquila e a parte que não é para ir”, explicar o major
Segurança
De acordo com o Major Weltman, como nos últimos anos houveram muitas mudanças no rio, foi apresentado um projeto junto a Prefeitura Municipal de Petrolina com o intuito de reduzir o número de afogamentos. Inicialmente a ideia deve ser implantada na Ilha do Fogo.
Segurança
De acordo com o Major Weltman, como nos últimos anos houveram muitas mudanças no rio, foi apresentado um projeto junto a Prefeitura Municipal de Petrolina com o intuito de reduzir o número de afogamentos. Inicialmente a ideia deve ser implantada na Ilha do Fogo.
“Vamos delimitar áreas para os banhistas, utilizando cordas e boias. As boias vermelhas vão indicar os locais mais perigosos, a amarela como área que o banhista deve ter atenção maior e verde mostrando que o banho é livre e tranquilo. Já entregamos o projeto a prefeitura e estamos aguardando que o material seja providenciado e a instalação seja feita. Também vamos colocar placas de advertência e educativas. Esperamos que até dezembro, quando inicia as férias, já esteja funcionando para que a gente consiga acabar com os afogamentos na Ilha do Fogo”, destaca o major.
A proposta deve ser implantada também nas Ilhas do Maroto, Massangano, Rodeadouro e no Recanto da Vovó.
Efetivo
No momento, a Corpo de Bombeiros não disponibiliza guarda-vidas em algumas ilhas do Rio São Francisco por falta de efetivo. “A gente está sem efetivo e por isso não consigo colocar nenhum militar na Ilha do Fogo. Quando fazemos, é para não deixar a população desassistida. Hoje nós temos 129 militares em Petrolina, para atuar em sete cidades. Mas, estamos providenciando um termo de Cooperação Técnica, para colocar guarda-vidas no dia em que estiverem de folga. A minuta do convênio será apresentada para o Comando da Corporação em Recife. Essa é uma solução temporária”, enfatizou.
Outra opção sugerida pelo Corpo de Bombeiros, para longo prazo, é a formação de profissionais para atuarem na função de guarda-vidas. “Os Bombeiros irão formar o pessoal, certificar, regulamentar, definir horário, uniforme, ver se todos estão em condições de exercer e a prefeitura selecionará quem estiver com o certificado e pagar pelo trabalho. Nós iremos regular o serviço, normatizar, fazer a fiscalização. Mas, isso é um passo para o futuro, porque é um processo que requer um tempo maior", pontuou o major.
No momento, a Corpo de Bombeiros não disponibiliza guarda-vidas em algumas ilhas do Rio São Francisco por falta de efetivo. “A gente está sem efetivo e por isso não consigo colocar nenhum militar na Ilha do Fogo. Quando fazemos, é para não deixar a população desassistida. Hoje nós temos 129 militares em Petrolina, para atuar em sete cidades. Mas, estamos providenciando um termo de Cooperação Técnica, para colocar guarda-vidas no dia em que estiverem de folga. A minuta do convênio será apresentada para o Comando da Corporação em Recife. Essa é uma solução temporária”, enfatizou.
Outra opção sugerida pelo Corpo de Bombeiros, para longo prazo, é a formação de profissionais para atuarem na função de guarda-vidas. “Os Bombeiros irão formar o pessoal, certificar, regulamentar, definir horário, uniforme, ver se todos estão em condições de exercer e a prefeitura selecionará quem estiver com o certificado e pagar pelo trabalho. Nós iremos regular o serviço, normatizar, fazer a fiscalização. Mas, isso é um passo para o futuro, porque é um processo que requer um tempo maior", pontuou o major.
(fonte: Taisa Alencar Do G1 Petrolina)
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