Funcionários da Celpe paralisam as atividades por 24h em Petrolina, PE

Além de PE, paralisação acontece na Bahia e no Rio Grande do Norte.
Sindicato não descarta possibilidade de greve.




Trabalhadores da Celpe fazem paralisação (Foto: Amanda Franco/ G1)


Trabalhadores da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), administrada pelo Grupo Neoenergia, realizam uma paralisação de advertência nesta segunda-feira (23) na Praça Dom Malan, no Centro de Petrolina, Sertão pernambucano. Eles reivindicam reajuste salarial de 13%, além do abono e protestam contras as demissões e aumento no número de terceirizados no grupo.
De acordo com o representante do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco, Roberto Palma, foi oferecida uma reposição salarial de 7% e abono de R$ 600. “A empresa ofereceu 7% quando a inflação chega ao patamar de 10%. Isso era 5% agora e 2% em janeiro de 2016. Nós recebemos sempre o abono na faixa dos R$ 1.800 a R$ 2 mil, isso é uma tradição da empresa e agora ela oferece R$ 600”, declarou o represente sindical.
Trabalhadores da Celpe paralisam nesta segunda (23) em Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)Trabalhadores da Celpe paralisam nesta segunda
(23) em Petrolina (Foto: Amanda Franco/ G1)
Roberto Palma destaca que a paralisação acontece na Celpe, além dos trabalhadores da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern). O sindicato ressaltou ainda que 10% dos trabalhadores de Pernambuco foram demitidos em 2014.
“A empresa demitiu 160 dos 1.600 trabalhadores ano passado. Em Petrolina foram quatro demissões. A empresa alega que é o perfil do trabalhador que não se encaixava com o da empresa. Mas para o sindicato, significa que ela está trocando mão de obra qualificada por baixos salários”, disse Palma. Existem atualmente na Celpe, segundo o sindicato, cerca de 1.630 funcionários e de 6.800 terceirizados.
A expectativa é de que com a paralisação de advertência, o Grupo Neoenergia convoque os trabalhadores para uma negociação e não descartou a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado caso não haja acordo. “Queremos que a empresa nos chame para negociar. Depois deste chamamento, se não houver uma proposta que contemple os anseios do trabalhador, nós vamos paralisar as atividades por tempo indeterminado”, destacou Roberto Palma.
O representante do sindicato afirma que 30% dos trabalhadores mantiveram as atividades, como é exigido perante a legislação. “O efetivo de 30% está mantido e qualquer situação que venha oferecer risco à população nós vamos estar presentes. Os nossos companheiros aqui não estão de braços cruzados porque querem. Se precisar eles estarão à disposição da população”, disse Roberto Palma.

(Amanda Franco Do G1 Petrolina)

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