Juazeiro e Petrolina se unem mais uma vez em defesa do Rio São Francisco



Um ato público está programado para acontecer nesta terça (17), em defesa do Rio São Francisco e os direitos da população do semiárido brasileiro. O movimento “Semiárido Vivo, nenhum direito a menos, traz o tema 'Não deixe o rio morrer' é encabeçado pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) com o apoio de outros movimentos sociais que sairão em passeata pelas ruas de Petrolina (PE) até a Orla II de Juazeiro (BA). A concentração está marcada para as 10h00 na Praça Dom Malan, na cidade pernambucana.
Mais de dez mil pessoas, integrantes de movimentos sociais, vindos de caravanas, também estão sendo esperadas de vários Estados, a exemplo de Minas Gerais, Maranhão, Ceará, Sergipe, Piauí e Alagoas. Todos com um só coro, viabilização de políticas públicas de convivência com o semiárido e a revitalização do rio São Francisco.
O coordenador da ASA Bahia, Naildson Batista, diz que as dificuldades ficaram ainda maiores, após as medidas de ajustes fiscais adotadas pelos Governos Federal e Estaduais. “Muitas das ações voltadas para o semiárido, como a construção de cisternas, assistências técnicas, o programa de alimentação escolar, um conjunto de ações, como créditos, economia solidária, que vinha modificando a vida das pessoas do semiárido, especialmente das pessoas mais pobres, está sendo cortado, os beneficiados estão sendo cortados do processo para que se faça economia na dimensão do ajuste fiscal. E nós queremos dizer a presidente da República [Dilma Rousseff/PT] e ao Brasil é que as políticas públicas de convivência não podem estar incluídas nos ajustes fiscais. Elas precisam ser retiradas. Nós não podemos fazer ajuste diminuindo as cisternas que levam a água para a população”, apela.
Batista ressalta que o Governo não pode atropelar programas sociais como o Bolsa Família em detrimento da crise financeira. “O Congresso quer cortar 10 bilhões do Bolsa Família, não podemos aceitar esse tipo de iniciativa”, disse pontuando que essas iniciativas ferem os direitos e as perspectivas de vida das pessoas da região.
De acordo com Batista os programas sociais têm dado apoio às famílias agrícolas que atravessam a crise hídrica. “Dão suporte para que os agricultores para que possam criar os animais, ter água com qualidade, e viver com dignidade”.
Ele espera que a partir da manifestação popular, o Governo amplie as ações de convivência com o semiárido.

Grande Rio FM

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