
Anderson Veloso participou da mobilização (Foto: Amanda Franco/G1)
Acadêmicos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e comunidade em geral participaram na tarde desta quinta-feira (5) de um ato contra a homofobia. A manifestação, motivada após a agressão sofrida por um estudante do curso de Psicologia da instituição, foi organizada em frente à biblioteca, de onde o grupo saiu com faixas coloridas e cartazes pelas ruas do Centro de Petrolina, no Sertão pernambucano.
A farmacêutica Paula Menezes é egressa da Univasf e fez questão de voltar ao Campus para apoiar o movimento por compartilhar do sentimento contra a homofobia. Ela conta que, constantemente, fica sabendo de casos de agressão contra homossexuais. “Tem casos de brincadeiras e chacota que as pessoas acham que não é nada, mas acredito que seja só o início para, mais tarde, se tornar uma agressão maior”, disse a farmacêutica.
O estudante do curso de Farmácia, Daniel Torres, lembrou que este não é não é o primeiro caso de agressão referente a um estudante da universidade. “Ficamos muito chocados com tudo que aconteceu. No dia em que ele sofreu agressão estava fazendo um ano do assassinato de Rosilene Rio. Isso tudo são marcas que ficam muito fortes para nós”, lembrou o estudante. Para ele uma mobilização deste tipo mostra nenhum ato de violência deve ficar despercebido. “Estamos nos mobilizando para dizer que não estamos aceitando isso com ele e com ninguém. Nada justifica a barbárie”, enfatizou Daniel Torres.

Ato contra a Homofobia na Univasf foi nesta quinta-feira (5) (Foto: Amanda Franco/G1)
O último caso de agressão considerado como homofobia, ao estudante Anderson Veloso no sábado (30) motivou o ato. Anderson esteve presente na mobilização e acredita que com isso a comunidade LGBT terá voz na sociedade. “Infelizmente este ato foi motivado por uma agressão. Nós conseguimos voz por causa da agressão. Temos que ir atrás dos nossos direitos. Agora que a luta teve início temos que fazer que ela não se acabe. A pergunta que deixo é: e se fosse você ou alguém próximo a você? Como você reagiria?”, questionou.
O movimento contra a homofobia foi apoiado pela Associação de Defesa à Liberdade de Gênero. De acordo com a assessora jurídica da associação, Abnéia Miranda, é preciso cobrar dos órgãos competentes a criminalização da homofobia. “Anderson foi um dos casos. A gente não pode se calar e baixar a cabeça. Temos que mostrar que existimos e resistimos e cobrar do Congresso Nacional uma lei que criminalize a homofobia porque quando acontecem estes crimes eles são enquadrados como injúria e lesão corporal. Que se faça cumprir e que realmente acabe com estas violências”, enfatizou Abnéia.
O grupo saiu pelas ruas do centro da cidade até a Praça Dom Malan, onde reuniram-se para uma mesa redonda que discutiu o tema.informações da Amanda Franco Do G1 Petrolina.
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