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O atraso na entrega de correspondências por parte dos Correios em petrolina, no Sertão pernambucano, não é uma reclamação nova por parte da população de todas as áreas da cidade. Eles dizem que já foram bastante prejudicados pelo não recebimento de faturas e alguns, inclusive, já articulam dar entrada com ação na justiça.
A última correspondência que a dona de casa, Cláudia Mariano, recebeu foi na semana passada. O documento tinha sido postado no dia 14 de março, mas só chegou para ela após mais de um mês. A mulher conta que dificilmente recebe a visita de um carteiro no bairro onde mora, Vila Eduardo. “Sempre chega correspondência em atraso. Antes passava uma vez por semana, agora é de 15 em 15 dias, quando passa”, disse Cláudia.
Na Cohab Massangano, Nona oeste da cidade, o professor Israel Carlos Amorim disse que perdeu as contas dos transtornos que tem que enfrentar com o atraso na entrega de correspondências. “Passei por muitos problemas até que fiquei sem condições de comprar. A fatura do cartão não chegou pelos Correios e eles disseram que eu tinha que ter um número e eles disseram que o número de registro não existia mais. A gente fica questionando porque pagamos por um serviço e não temos nada em troca. O mínimo que se espera é chegar em sua casa o que você paga, mas não chega”, disse o professor.
O bairro Rio Corrente, na mesma região da cidade a situação se repete. A reclamação é compartilhada pela maioria dos petrolinenses. Por causa do problema, o vigilante Edvanilson Amorim, disse que ele e os vizinhos irão procurar a justiça para tentar solucionar o caso.
“Estamos fazendo um abaixo-assinado, para dar entrada em uma ação no Ministério Público para resolver o problema que vem afetando toda a cidade. Uma dificuldade que não chega a correspondência e quando chega é bastante atrasada”, disse o vigilante.
Atualmente 30 carteiros concursados trabalham em Petrolina e outros 10 foram contratados para tentar suprir a demanda, mas, de acordo com o Sindicato dos Carteiros, o atraso na entrega de correspondências acontece porque existe um défict de funcionários.
“Desde 2011 não é realizado um concurso publico. Todo ano a empresa diz que vai realizar, mas nem saiu o edital. Temos mais 10 trabalhadores terceirizados, que vieram a somar com a gente, mas ainda é pouco. Eles são contratados por um período de seis meses e quando estão aprendendo a fazer as entregas, o contrato é encerrado e entra outra turma. Isso é a precarização do serviço e vem atrapalhar. Então a gente quer um concurso público que venha atender a demanda em Petrolina”, disse o presidente do sindicato, Antônio Lira.
(Do G1 Petrolina)
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