Em meio a polêmica, promotor deixa de acompanhar investigações do Caso Beatriz

Reprodução / Blog do Carlos Britto

O representante do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em Petrolina, Carlan Carlo da Silva (foto), deixou de acompanhar as investigações do caso da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, brutalmente assassinada nas dependências do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no dia 10 de dezembro do ano passado.
Segundo informações da Rádio Jornal Petrolina, o promotor se recusou a detalhar os motivos que o fizeram deixar de acompanhar as investigações. A saída de Carlan Carlo ocorreu em meios à divulgação de um vídeo no qual a mãe da vítima, Lúcia Mota, critica veementemente a atuação do MPPE em Petrolina e pede que o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU) investiguem o órgão, em especial o promotor. Segundo Lúcia, “o Ministério Público de Petrolina só se preocupa em denegrir a imagem da Polícia”. Vale frisar que o trabalho do MPPE é de fundamental importância para a punição do assassino ou assassinos.
Exatos seis meses após o crime, o delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira, revelou em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (10), que a Polícia Civil ainda não tem como comprovar cientificamente o local do crime. Mas, de acordo com o próprio Marceone, Beatriz foi assassinada em outro local e levada em seguida para o depósito de material esportivo onde seu corpo foi encontrado.
Na coletiva de hoje, o delegado decidiu se pronunciar acerca de declarações do advogado do Colégio Auxiliadora, Clailson Ribeiro, que criticou a Polícia Civil por divulgar a existência de cinco funcionários suspeitos de envolvimento no crime. Os números de suspeitos também não batem. A Polícia Civil havia confirmado anteriormente a existência de apenas cinco suspeitos. Mas, segundo o advogado, não apenas cinco funcionários, e sim sete, deram depoimentos divergentes. Para Marceone, os números “ficam por parte” da escola.
Até o momento apenas o retrato falado do possível assassino foi divulgado pela Polícia Civil. Mas, na coletiva de hoje, o delegado Marceone admitiu a possibilidade de refazer um novo retrato falado, devido o depoimento de novas testemunhas. O caso segue sob sigilo policial e nada mais será divulgado sobre as investigações até que o caso seja concluído, suspeitos sejam presos ou o assassino seja encontrado. informações do Blog do Carlos Britto.

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