Jovem petrolinense é aprovado em teste para jogar na base do Corinthians

Alexandre na quadra onde começou a jogar (Foto: Amanda Lima)

Em um campinho de futebol em frente à sua casa, em Petrolina, no sertão pernambucano, Alexandre Caldas descobriu no futebol sua brincadeira favorita, como a maioria dos meninos. Mas, ainda aos cinco anos de idade, seu pai e alguns professores da escolinha de futebol do seu bairro perceberam que o garoto poderia ir muito além da diversão no esporte. E eles estavam certos. Depois de cerca de 60 medalhas conquistadas em campeonatos regionais de futsal, hoje, aos 14 anos, o jovem volante foi aprovado em um teste para atuar nas divisões de base do Corinthians e se prepara para se mudar em novembro para a cidade de São Paulo. 

Eu me sinto muito lisonjeado, porque não é todo garoto que consegue ter isso. Mas no teste coletivo, acho que chamei a atenção deles pela marcação, a vontade de jogar, a força de vontade que eu tenho, porque eu acho que nem todo jogador tem isso que é um algo a mais - acredita Alexandre.

Para conseguir a aprovação, Alexandre ficou duas semanas em São Paulo realizando uma série de avaliações. Antes, ele já havia feito teste no Atlético-MG e participado de peneiras de times como Vitória, Bahia e Palmeiras. Mas, desta vez, a confiança fez todo diferença no resultado.

- Ele já saiu daqui determinado a passar nesse teste. Na primeira semana que passou em São Paulo, ele sofreu uma lesão. Voltou, o Corinthians deu uma nova oportunidade. Quando chegou aqui tratamos dessa lesão, passamos quase 15 dias com a fisioterapeuta. Depois disso aí, ele se recuperou, voltou para o Corinthians e o resultado foi esse que vocês sabem, foi aprovado - orgulha-se o pai de Alexandre, Francisco das Chagas.

Alexandre durante comemoração do bicampeonato do Auxiliadora no Sub-14 da Copa TV Grande Rio de Futsal, além de sua premiação como artilheiro e melhor jogador da competição (Foto: Magda Lomeu)

Agora, tanto o jovem jogador, quanto a família só pensam no futuro, mas sabem que o caminho até o futebol profissional é longo e que a saudade pode ser um obstáculo.

Espero que eu possa jogar no profissional e até mesmo chegar à Seleção, quero muito chegar lá e ser um grande jogador de futebol, esse é o meu sonho. Mas eu estou tranquilo, só penso na saudade da família, mas medo de chegar lá eu não vou ter, porque Deus sabe o que faz - declara Alexandre.

- A gente vai ficar naquela saudade grande, tanto eu como a família, mas a gente fica naquela expectativa, porque é o sonho dele que ele está começando a se realizar. Claro que é o primeiro passo, a trajetória até um jogador de futebol profissional é grande, mas com fé em Deus ele vai conseguir. Determinação e força de vontade ele tem muito pra isso - finaliza Francisco.  informações da Amanda Lima / Globo Esporte / Petrolina, PE.