Estudantes desocupam reitoria da Univasf após protesto em Petrolina


Ocupação de estudantes na reitoria da Univasf em Petrolina, PE (Foto: Divulgação/ Ascom paralisação estudantil)

Após cinco dias de ocupação, os estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), decidiram deixar a sede da reitoria da instituição, no campus Petrolina Centro, no Sertão de Pernambuco. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (14), depois que alunos conseguiram avanços em propostas discutidas junto com a reitoria. Apesar da desocupação, a greve continua.
Desde a segunda-feira (10), discentes estavam acampados na reitoria como forma de protesto pelos cortes sofridos no orlamento de 2017 da universidade. Os alunos também protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição de número 241, que limita as despesas públicas, e estabelece um teto máximo para os gastos do governo nos próximos 20 anos.

Segundo a estudante e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Sonha Aquino, a reitoria foi desocupada na noite desta sexta-feira (14), após uma assembleia.
“Por questão de coerência, decidimos deixar a reitoria já que apresentamos nossas pautas e elas foram garantidas. O reitor foi até Brasília e conseguiu avanços. Ele nos garantiu que em novembro abriria edital do programa de assistência de bolsa permanência, se comprometeu em não cortar o transporte e irá fazer um modelo de avaliação do RU”, explicou a estudante.
Apesar dos avanços obtidos, os discentes continua em greve. “vamos continuar mobilizados, em greve, aguardando o cumprimento das decisões. Teremos uma nova assembleia na segunda-feira (17)”, disse Sonha.
Os discentes da Univasf alegam ter perdido 828 vagas de auxílio permanência, 515 vagas de auxílio-moradia, 60 auxílio-transporte, 380 vagas de bolsa permanência e 24 vagas de moradia estudantil, e temem a suspensão dos serviços do RU, que atende mais de 3 mil alunos.
Suspensão do calendário acadêmico
Nesta sexta-feira (14), após uma reunião do Conselho Universitário (Conuni), a Univasf decidiu suspender o Calendário Acadêmico 2016.
A proposta de suspensão do Calendário Acadêmico 2016 foi apresentada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Univasf, diante do movimento paredista deflagrado pelos alunos na segunda-feira (10).

Ficou acordado que serão mantidos as atividades extraclasse e a prestação de serviços à comunidade, como os projetos de pesquisa, extensão, monitoria, orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), estágio e interno. informações da Taisa Alencar / G1 Petrolina.

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