Julgamento da morte de dois jovens ocorre após 22 anos do crime em Petrolina

(Reprodução / TV Grande Rio)



Nesta quarta-feira (26), um crime que aconteceu há 22 anos teve o julgamento em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Os dois jovens, Juliano Guerra e Humberto Ferreira, foram mortos a tiros em 1º de janeiro de 1994. Homicídios ocorreram após brigas de grupos rivais de Petrolina e Juazeiro, na Bahia.
O crime foi a júri popular nesta manhã na sala do tribunal do júri, que estava lotada. De acordo com o promotor de justiça responsável pelo caso, Carlos Eugênio do Rêgo Barros, o julgamento deve encerrar ainda nesta quarta (26), porque não existem testemunhas. “O fato que hoje nós estamos brigando por justiça, porque em relação aos dois outros acusados, o crime prescreveu. É lamentável que isso tenha acontecido. É a realidade e hoje nós vamos brigar por essa migalha que ainda nos resta de justiça”, explica.
Morte de dois jovens em 1994 (Foto: Reprodução/ TV Grande Rio)Morte de dois jovens em 1994
(Foto: Reprodução/ TV Grande Rio)
No julgamento, havia apenas um réu, o Emmanoel Leite. Outros três que foram denunciados no processo, de acordo com a justiça, foram impronunciados, ou seja, o juiz entendeu que não foram culpados ou que não havia provas suficientes para acusá-los.
O crime aconteceu em 1º de janeiro de 1994 na bifurcação na Rua do Coliseu, no Centro de Petrolina. O carro em que os jovens estavam ficou com as marcas dos disparos de arma de fogo. A polícia informou que as mortes foram provocadas depois de uma briga entre grupos rivais de Petrolina e Juazeiro, na Bahia.
O delegado responsável pelo caso, Aécio Coelho, conversou com um dos suspeitos pelas mortes, que em depoimento contou como tudo aconteceu. “Ele alegou que na verdade dirigia o veículo quando foi ordenado que parasse e trancasse o outro veículo e presenciou quando houve uma discussão entre Fernando, uma das vítimas e o Emmanuel, ambos de posse de revólver. Quando, em seguida, o Juliano deu uma gravata no Emmanuel e apontando uma arma pediu que a soltasse e gerou uma luta corporal e surgiu os disparos”, relatou na época a TV Grande Rio.
Antes do julgamento, o irmão de Juliano Guerra, Walter Guerra filho, falou da dor de ter que reviver este crime na justiça. “A gente está revivendo um bucado de coisa que já havia ficado guardado em um lugar bem esquecido. Uma pessoa que fica 22 anos sem nem ser julgado por um duplo assassinato, eu não espero muita coisa não. Quero que isso termine e a gente volte para a nossas casas, nossas famílias”.
O resultado do julgamento ainda não foi divulgado e a família do acusado disse que vai se pronunciar apenas após o júri. informações da Juliane Peixinho / G1 Petrolina.

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