Sem matadouro em Petrolina, preço da carne sobe nas feiras livres

(Reprodução / TV Grande Rio)


No Sertão de Pernambuco, os comerciantes de Petrolina fazem o abate das carnes na cidade vizinha Juazeiro, na Bahia. Isso acontece porque a há um ano a cidade não possui sem matadouro público. Contudo, o abate em outro município influencia no preço das carnes, chegando a ser vendidas  com preços mais altos nas feiras livres.
Na feira da areia branca, Sebastião Mota vendia o quilo da carne a R$18, mas agora custa R$20. O aumento foi depois que ele passou a abater os animais no matadouro de Juazeiro. “Depois que saio de Petrolina, teve que aumentar um pouquinho”, explica.
O empresário Antônio Cipriano tem sentido no bolso a alta do produto. “Aumentou muito, depois que fecharam o matadouro de Petrolina e foi para Juazeiro, aí a carne começou a aumentar”, ressalta.
O matadouro de Petrolina foi fechado no dia 2 de fevereiro do ano passado por determinação da justiça pela falta de estrutura do local. Os marchantes e os feirantes se sentiram prejudicados com essa medida.
O presidente da associação dos feirantes, Eliesér Lopes de Barros, revela que o alto preço da carne influenciou no movimento das feiras livres da cidade. “O fator principal das feiras livres de Petrolina são a carne. No período em que o matadouro ficou fechado, as feiras acabaram quase em tudo. E mexeu com a carne, mexeu com a feira toda”, revela.
Matadouro de Petrolina é interditado po
r protesto de cerca de 300 marchantes.
(Foto: Larissa Paim/G1)

Na feira da Cohab Massangano, a reclamação se repete. O preço teve que ser elevado. E os marchantes dizem mais, eles não estão recebendo a pele e nem as vísceras, como acontecia no matadouro de Petrolina. “Nós tínhamos direito a pele do boi, hoje a gente não temos direito a nada, tudo fica lá como se fosse para pagar a despesa da matança. A gente pagava R$60 e estamos pagando quase R$100 pela matança do boi”, diz o marchante Geraldo da Silva.
Os marchantes cobram a reabertura do Matadouro de Petrolina, fechado há pouco mais de um ano. “Tem que abrir esse matadouro para voltar as peles para a gente, as vísceras e o povo comer a carne de origem”, cobra a marchante Maria Santos Fernandes.
A esperança é que os animais voltem a ser abatidos em Petrolina. Se reabrir vai ficar melhor para a gente, que depende de lá para sobreviver e vai ter uma carne mais acessível e fora os empregos que vão ser gerados quando abrir esse matadouro”, diz o marchante Cristiano do Nascimento Silva.
A secretaria de desenvolvimento econômico e agrário informou que está tomando medidas para a reabertura do matadouro público da cidade, enquanto não se constrói um novo prédio. Uma parceria público-privada está sendo analisada, e a previsão é de que até junho deste ano, o matadouro volte a funcionar, com melhores instalações e seguindo a legislação sanitária vigente. O mesmo deve acontecer com o matadouro do distrito de Rajada. Informações do G1 Petrolina.

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