(Foto: Reprodução / Sintcope)
A negociação que já é uma das mais longas dos últimos anos, teve início quando o Sintcope encaminhou no dia 30 de janeiro a proposta para reajuste do piso salarial da categoria. Somente cerca de 90 dias depois é que a entidade patronal apresentou contraproposta e desde então foram realizadas quatro reuniões, incluindo a de ontem.
A negociação avançou pouco. O Sintcope propõe um piso salarial para categoria de R$ 1.100, chegou a ceder para R$ 1.080 (o atual é R$ 1.024). Já os patrões sinalizaram reajuste de apenas 2,2% o que elevaria o piso da categoria para R$ 1.046,52.
Com relação às demais cláusulas, o impasse está na tentativa dos patrões de incluir na Convenção Coletiva todos os itens da chamada Reforma Trabalhista e retirar conquistas históricas dos trabalhadores do comércio.
“Não é apenas a questão salarial que está em jogo. Pela proposta dos patrões os comerciários irão trabalhar no feriado de 1º. de maio, uma data reconhecida mundialmente”, disse Dilma Gomes.
“Tem ainda a quebra de caixa para o trabalhador eles querem reduzir de 15% para 8%. E não para nisso. Eles querem que a homologação das rescisões não aconteça no sindicato, com isso o trabalhador não terá as verbas rescisórias conferidas ela entidade que o representa. Até no aviso prévio eles querem mexer”, conta o vice-presidente do Sintcope, Sérgio Lacerda.
Diante do impasse na reunião de ontem, espera-se o agendamento de uma nova reunião. “Nós entendemos que trabalhador está impaciente com essa negociação que se arrasta. Mas é preciso entender que não está em jogo apenas a remuneração salarial, mas a sobrevivência da categoria”, disse Dilma.
A presidente lembrou ainda que tão logo haja um acordo, o reajuste será pago a todos os trabalhadores de modo retroativo à data-base da categoria, que é 1º. de março.
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