Grupo é preso suspeito ajudar na fuga de mais de 90 detentos de presídio na PB

Armas foram apreendidas com grupo que teria ajudado detentos a fugirem de presídio de segurança máxima, em João Pessoa (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Ao todo, 10 pessoas foram presas, na tarde desta segunda-feira (10), em João Pessoa, suspeitas de integrarem um grupo que teria ajudado na fuga de mais de 90 detentos do presídio de segurança máxima PB1, na capital paraibana, na madrugada desta segunda-feira, segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds).

De acordo com a Seds, os suspeitos estavam hospedados em um flat, localizado na orla de Manaíra. Com o grupo, foram apreendidas seis armas de fogo, entre essas, um fuzil.

Até esta terça-feira (11), 42 detentos haviam sido recapturados, conforme a Secretaria de Administração Penitenciária. A Secretaria de Estado da Comunicação informou que “todos os danos causados àquela unidade prisional já foram sanados, com conserto de dois portões e a substituição dos cadeados violados durante a ação criminosa”.

O ataque e resgate de presos no PB1

A fuga começou com pessoas atirando de dentro da mata que fica próxima ao presídio. Segundo informações da Polícia Militar, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal. Havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que têm capacidade para perfurar uma parede. Por causa da munição utilizada pelos criminosos, os agentes penitenciários tiveram que se abrigar.

Com isso, os criminosos conseguiram se aproximar e utilizar explosivos no portão da frente e da lateral do PB1, tendo, assim, acesso à unidade prisional. Com um alicate, eles arrombaram os cadeados para libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e suspeito de explosões a bancos e carros-forte. Após ele ser resgatado, outros presos também pegam os alicates para abrir as celas.

Presídio de Segurança Máxima foi atacado na madrugada desta segunda-feira (10), em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)

O secretário de administração penitenciária, Sérgio Fonseca, declarou que no circuito de câmeras do presídio foi observado que quando os criminosos entram no PB1 e invadem o pavilhão, vão diretamente na cela de Romário. Quando ele sai, recebe um fuzil e comanda a ação de fuga.

Durante a fuga dos detentos, um tente da Polícia Militar foi baleado na cabeça, próximo a Academia de Polícia Civil (Acadepol), na PB-008, após uma troca de tiros. Ele foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte cerebral confirmada na tarde desta segunda-feira (10).

O presídio tem capacidade para 660 presos e atualmente tinha cerca de 680 detentos, conforme o secretário Sérgio Fonseca. De acordo com o sistema Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a unidade prisional tinha 681 presos em 644 vagas.

De acordo com a Polícia Militar, as equipes foram reforçadas nas divisas da Paraíba e houve a articulação com outros polícias e com as forças de segurança dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, para localização e recaptura dos detentos. As informações são do G1 PB.

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