Pacientes enfrentam dificuldades para encontrar medicamentos nas unidades de saúde de Petrolina (PE)

Do G1 Petrolina


Foto: Reprodução/TV Grande Rio


Pacientes atendidos pelos Sistema Único de Saúde (SUS) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, estão reclamando da falta de medicamentos para tireoide, depressão e diabetes nas farmácias da cidade. Sem acesso aos remédios, algumas pessoas enfrentam problemas com a saúde por conta da paralisação no tratamento.

Com hipertireoidismo, o filho da professora Maria Aparecida de Aquino precisa de Levotiroxina para garantir o controle hormonal. Com a falta do medicamento, o menino pode ter problemas em relação ao crescimento e na questão emocional. Maria já tentou buscar o remédio em outras unidades de saúde da cidade, mas não encontrou.

“Já fiz uma denúncia na ouvidoria municipal e eles falam que está em falta e que não tem data prevista para chegar essa medicação”, conta a professora.

Sem encontrar insulina na unidade de saúde no bairro Santa Luzia, o aposentado Francisco Luis Dias de Souza também está passando por dificuldades. “Nós, pessoas com diabetes, dependemos da insulina para sobreviver”, destaca.

Quando falta a medicação fornecida pelo SUS, algumas pessoas não têm condições de comprar os remédios para continuar o tratamento. O aposentado Joselito Lindemberg, de 52 anos, foi diagnosticado com ansiedade e esquizofrenia. Ele conta que há cerca de cinco meses enfrenta dificuldades para encontrar Valproato de Sódio de 500mg, mais conhecido como depakene, e Nortriptilina de 25mg.

“Nos últimos dias estava com o humor bem alto, agitado e ansioso, agora já estou na fase do humor baixo, com crise depressiva, sem querer comer e conversar com as pessoas”, lamenta o aposentado.

Através da assessoria de comunicação, a prefeitura de Petrolina informou que a empresa fornecedora desistiu da licitação e não enviou as medicações solicitadas pelo município. A empresa foi acionada na justiça e uma nova licitação está sendo finalizada para aquisição dos medicamentos. De acordo com o governo, a previsão é que a situação seja normalizada durante o mês de fevereiro.

Sobre a falta de insulina, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco informou que a medicação é de responsabilidade do Ministério da Saúde. A instituição federal faz a aquisição e encaminha para os estados, que repassam para os municípios.

A secretaria está aguardando o envio de nova remessa para distribuir entre as unidades de saúde dos municípios pernambucanos.

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