Por R7
O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de aluguel vigentes no Brasil, perdeu ritmo, mas manteve a tendência de alta e saltou 1,51% em abril, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (29), pela FGV (Fundação Getulio Vargas).Foto: Montieur Monteiro / Petrolina News
Apesar de alta mensal corresponder a uma desaceleração em relação ao avanço de 2,94% registrado em março, o indicador acumula alta de 32,02% no acumulado dos últimos 12 meses, percentual que será usado para reajustar as locações com vencimento no mês de maio.
Na prática, os inquilinos que pagam mensalmente um aluguel de R$ 1.200 passarão a ter que desembolsar R$ 1.584,24 (+R$ 384,24) todos os meses para seguir morando no mesmo imóvel. Para evitar o reajuste significativo, a dica é renegociar o aumento diretamente com o proprietário do imóvel.
Em abril, todos os indicadores que compõem o IGP-M subiram em ritmo menor, conforme explica André Braz, coordenador do índice. "A desaceleração da taxa de variação dos combustíveis orientou o recuo da inflação ao produtor e ao consumidor" disse ele.
Ainda assim, André Braz analisa que a tendência de alta da inflação do aluguel deve continuar até o próximo mês, já que o IGP-M havia subido apenas 0,28% em maio de 2020.
A maior desaceleração partiu do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que variou 1,84% em abril, ante alta de 3,56% no mês anterior. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,44% em abril, ante 0,98% em março, e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) oscilou 0,95% em abril, ante avanço de 2% no mês anterior.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Diante da diferença entre os indicadores, algumas imobiliárias já passaram a utilizar a inflação oficial para reajustar os novos contratos de aluguel. Para quem deseja fugir da alta considerável, a melhor orientação é negociar a melhor forma para evitar que os pagamentos pesem no bolso de inquilinos e proprietários.
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