Do R7
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, neste sábado (3), a política do "feche tudo", adotada para frear a disseminação do vírus e o colapso dos hospitais, e levantou novas suspeitas sobre o uso dos recursos bilionários enviados pela União por governadores e prefeitos.Foto: Reprodução / Marcello Casal jr/Agência Brasil
Também comemorou a marca de 1 milhão de vacinados por dia contra o coronavírus no país e avisou que as Forças Armadas poderão ajudar com a aplicação de doses e com a logística para entregar os imunizantes aos estados.
"Pelo segundo dia consecutivo, vacinamos 1 milhão de pessoas por dia. Esse número tende a crescer. Conversei hoje com ministro da Saúde, com o ministro da Defesa, que está aqui do meu lado, o Braga Netto, e as Forças Armadas estão à disposição para colaborar para vacinar. Praticamente, todos os quarteis do Brasil têm essa condição: Marinha, Exército e Aeronáutica", avisou.
As declarações de foram dadas em uma cozinha comunitária, que oferece comida a pessoas em situação vulnerável, em Itapoã, uma região administrativa do Distrito Federal, onde tomou sopa ao lado do ministro da Defesa, Braga Netto.
Explicações sobre vacina
Bolsonaro, novamente, disse se preocupar não só com o vírus, mas também com o desemprego e justificou o atraso na vacinação no Brasil, que, segundo ele, está em quinto lugar no ranking de vacinação.
"Sempre disse lá atrás: o desemprego e o vírus, dois problemas. Nos preocupamos com os dois. Lamentamos as mortes. O Brasil é um dos primeiros países mais vacinados do mundo, estamos atrás só de outros países que produzem vacinas. Estamos em quinto lugar, um trabalho que começou no ano passado, compramos vacinas no ano passado, não havia muitas disponíveis, mas também, por outro lado, o que se oferecia para a gente o contrato não era possível de assinar daquela forma, bem como, não tinha aprovação da Anvisa", afirmou.
Dinheiro a estados e municípios
Mais uma vez, o presidente frisou que a "política do feche tudo e fique em casa" provoca o aumento da pobreza e da miséria. "A população, com mais desemprego, com a política do feche tudo e fique em casa, mais gente está comendo menos, alguns passando necessidades seríssimas e temos que vencer isso aí. A guerra da minha parte não é política, mas realmente tem a ver com o futuro de uma nação", avisou.
Bolsonaro relembrou que, há um ano, o governo apoiava "medidas protetivas", mas "tudo tem um limite". "Lá atrás, quando se mandava ficar em casa, em março do ano passado, era para achatar a curva, até que os hospitais se aparelhassem com leitos de UTI e com respiradores", relembrou.
"Passou-se um ano, bilhões do governo federal foram dispensados para governadores e prefeitos, e parece que alguns deles não aplicaram devidamente esse recurso na saúde. [...] Sabemos que a grande parte dos prefeitos quer uma mudança nessa política. A grande parte dos prefeitos não concorda com a política radical do feche tudo", finalizou.
0 Comentários
Os comentários não representam a opinião deste site; a responsabilidade é do autor da mensagem.