Até julho, segundo dados do Banco Central, 93,7 milhões de pessoas físicas já haviam realizado alguma transação com Pix, que representa quase a metade da população brasileira. Um número realmente expressivo! E não para por aí: foram 886 milhões de operações, superando a soma de Ted e Doc, que são velhos conhecidos dos correntistas (esses chegaram a 115 milhões). A grande vantagem do Pix com relação às tradicionais Ted’s e Doc’s é a instantaneidade e a gratuidade para pessoas físicas, é de fato bem mais prático e econômico.
Todos esses números mostram que o Pix realmente veio para ficar, na verdade para dominar as formas de transações e pagamentos. Vários outros países usam formas instantâneas de pagamento há bastante tempo, como a China, por exemplo, que praticamente não circula dinheiro. Outros países como Suécia e Noruega, já deixaram de usar dinheiro físico. É fácil perceber no dia a dia que Pix está sendo muito bem aceito no Brasil e está presente na rotina dos mais diversos prestadores de serviços, estabelecimentos comerciais, entre amigos e familiares. Ele realmente torna as coisas mais ágeis! Segundo dados de uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, mostra que a preferência pelo Pix é justificada para 83% dos usuários pela rapidez e a praticidade, seguido de evitar ou minimizar contato físico com máquinas e/ou pessoas (34%) e pela segurança (32%). Esse sistema é gratuito para pessoas físicas e para pequenas empresas, vantagem citada por 42% dos entrevistados.
Muito em breve, outros formatos vão incrementar o uso do Pix, um mundo de possibilidades: Pix Saque, Pix Troco e o Pix Agendado. Isso tudo deve acontecer já nos próximos meses, ainda neste segundo semestre de 2021. Mais adiante, também estão previstos o Pix por aproximação, o Pix off-line e o Pix Garantido. Vou explicar de forma simples cada um deles para que você fique por dentro dessa revolução.
Pix Saque: permite saques no caixa de estabelecimentos comerciais;
Pix Troco: o consumidor poderá fazer uma compra com um valor maior que o da transação e receber o troco em espécie do comerciante;
Pix Agendado: para pagamentos programados;
Pix por aproximação e o Pix off-line: sem necessidade de estar conectado à internet para usar;
Pix Garantido: vai viabilizar o pagamento parcelado.
Este último, o Pix Garantido, é uma das iniciativas que mais geram expectativa, pelo potencial que tem para substituir o cartão de crédito, que, por sua vez, é um dos instrumentos que até o momento passaram imunes à chegada do Pix. Essa solução poderá mexer com o setor e ganhar espaço e, aliás, tem esse nome porque, assim como o cartão de crédito, será um tipo de financiamento e precisará ter uma instituição garantidora por trás para viabilizar a transação.
O Banco Central ainda tem mais uma iniciativa esperada: o Pix internacional, para que seja possível realizar transações com o exterior. Essa modalidade ainda não tem previsão de lançamento, mas certamente ampliará a revolução do verdadeiro mundo Pix.
Aos poucos, fica cada vez mais claro que a popularização do Pix como um meio de transferências foi apenas o começo dessa revolução, que como vimos acima tem proporções enormes e certamente vai impactar ainda mais a dinâmica financeira das pessoas, das empresas e relações comerciais. Tudo isso vai acontecer de forma muito rápida entre esse e o próximo ano, incluindo ainda o Open Banking, já em andamento e que foi tema aqui da minha coluna há poucos meses e recomendo a leitura para que você esteja por dentro de toda essa revolução.
Essas informações são do Leandro Trajano
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