Reprodução / TV Globo
Logo cedo, nesta quinta, era possível ver fragmentos na areia no Pina, na Zona Sul do Recife. Além da capital, o material apareceu em Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, na Região Metropolitana, e Sirinhaém, Tamandaré, Barreiros e São José da Coroa Grande, na Zona da Mata.
Na terça (4), o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene) informou que cinco toneladas de “bolotas” de óleo tinham sido recolhidas em Tamandaré, onde fica a praia dos Carneiros. Houve registros, ainda, em Maragogi, em Alagoas.
Segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), cabe às prefeituras a coleta e destinação correta desses fragmentos que surgiram no litoral. Em reunião nesta quinta, a agência reforçou isso com representantes dos municípios e pediu que o monitoramento seja intensificado.
O diretor de licenciamento ambiental da CPRH Eduardo Elvino reformou a recomendação para que banhistas não toquem no material caso o encontrem, mas afirmou que não há restrições ao banho.
"Você tem um impacto na nossa fauna, um peixe pode tocar, uma tartaruga. Fora o impacto econômico e no turismo. A pessoa pode imaginar que a praia está suja e deixar de frequentar", declarou Elvino.
Quem encontrar o óleo na água deve se afastar, mas pode tomar banho tranquilamente, de acordo com Eduardo Elvino. O telefone de contato da CPRH é (81) 99488-4453.
Outras providências
Na quarta-feira (5), a CPRH realizou uma reunião para tratar de providências que estão sendo tomadas para limpar as praias e analisar o material encontrado. Participaram do encontro representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Capitania dos Portos e universidades.
A Capitania ficou responsável pelo monitoramento pelo mar por causa de possíveis manchas que chegarem ou de “bolotas” que aparecerem. No encontro da quarta, também foi formalizada a instalação da Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Acidentes Ambientais com Produtos Perigosos (P2R2).
Histórico
Essa é a segunda vez que fragmentos de óleo são encontrados no litoral de Pernambuco este ano. Em agosto, mais de 400 quilos do material foram recolhidos em 12 municípios. Os resíduos coletados foram enviados para o Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para serem analisados.
De acordo com a Marinha do Brasil, o óleo encontrado este ano tem uma origem diferente do material que apareceu em 2019. Há três anos, as manchas atingiram 47 praias de 130 municípios em nove estados do Nordeste e do Sudeste.
Em 2020, um inquérito preliminar apontou vazamento de petróleo a uma distância de 700 quilômetros da costa brasileira. Ao todo, 1.562 toneladas de óleo foram recolhidas de praias e rios pernambucanos.
Na terça (4), o Cepene informou que algumas "bolotas" tinham conchas "coladas" ao piche, e até animais marinhos. Segundo os profissionais que recolheram o material, eles "colonizaram" o material.
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