Leite pede que governo Lula "entre em campo" para garantir pagamento de salários e evitar demissões

Governador ressaltou ainda que estado e municípios terão perda de arrecadação por causa da tragédia | Mauricio Tonetto/Secom


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse, nesta segunda-feira (3), ser "essencial" que venha, nos próximos dias, alguma ação do governo federal para manutenção de emprego e renda no estado, tendo em vista os danos provocados pelas fortes chuvas.

Leite ressaltou que, até o momento, nenhuma ação foi elaborada. "Temos muito receio sobre o que possa significar em demissões que são evitáveis, desde que o governo federal entre em campo para garantir pagamento de parte dos salários e evitar demissões, esse é um ponto primordial aqui na nossa demanda", pontuou. De acordo com o governador, um programa do Executivo federal para manutenção de emprego e renda no estado é "absoluta prioridade".

Leite terá ainda nesta segunda-feira (3) uma reunião com congressistas gaúchos para tratar de questões que envolvem demandas do Executivo estadual junto ao governo federal, entre elas o programa e recomposição de receitas do RS e municípios gaúchos.




"O governo do estado e as prefeituras terão uma queda de arrecadação, do mês de maio que foi encerrado, do mês de junho, julho, agosto ainda muito forte. A gente projeta uma perda de arrecadação que pode chegar aos R$ 10 bilhões para o estado até o final do ano", salientou.

"25% dessa arrecadação é dos municípios, então estamos falando de R$ 2,5 bilhões de potencial queda de arrecadação no repasse aos municípios sobre ICMS".

Com as quedas, segundo o governador, é possível que as prefeituras tenham dificuldades para manter as despesas ordinárias.
Aeroporto Salgado Filho

Eduardo Leite falou também sobre o restabelecimento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, que permanece com alagamentos.

"Há uma projeção de poder chegar a R$ 1 bilhão o investimento necessário para restabelecer o aeroporto de Porto Alegre", afirmou o governador.

Segundo ele, a reforma e a reabertura do local são "ponto crítico" para o estado, "do ponto de vista de desenvolvimento econômico, de manutenção de empregos no Rio Grande do Sul".

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