Venda de água mineral dispara em Petrolina (PE) em virtude do gosto salobro na água da Compesa

Foto: Reprodução / TV Grande Rio


Quem consome a água distribuída pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em Petrolina, no Sertão, vem sentindo nos últimos dias um sabor salobro no líquido. Por causa do problema, na última semana a venda de água mineral cresceu na cidade.

Mesmo com um filtro purificador em casa, o motorista Josean Ribeiro, que mora no Loteamento Bela Vista, diz que preferiu optar pela compra da água mineral, para beber e cozinhar.

“Essa água que sai da torneira, literalmente da Compesa, no momento ela está imprópria para o consumo, muito salobra, até na comida, se a gente botar, a gente percebe”, diz o motorista.

Em nota, a Compesa informou que “assegura que a água que está sendo distribuída no município está dentro dos padrões de potabilidade preconizados pelo Ministério da Saúde”,diz um trecho da nota. (Confira a íntegra no final da matéria).

Josean disse que está comprando o galão de água mineral de 20 litros por R$16,50. Para manter o abastecimento, vem comprando um a cada dois dias, o que significa um custo alto para o orçamento doméstico.

“Imagina as famílias carentes que têm quatro, cinco filhos, que mal consegue pagar uma conta de água?”, questiona Josean.

De acordo com a nota da Compesa, “o que ocorre, na verdade, durante o período chuvoso, é o aumento na concentração de cloretos nas águas do Rio São Francisco. A água com esses materiais transborda nas contenções e chega às áreas de captação das Estações de Tratamento de Água Petrolina I e Petrolina II. No entanto, ela passa pelo devido tratamento antes de chegar às torneiras dos petrolinenses”.

Proprietária de uma distribuidora no bairro Cohab Massangano, a comerciante Alessandra Macedo disse que, por causa do aumento na procura, o estoque de água mineral começou a cair e ela está com dificuldade para repor. “Tentei negociar uma quantidade de mais água, mas não teve conversa”, diz.

A comerciante atende tanto no varejo quanto no atacado. No varejo, os preços, a depender da marca, variam de R$ 8 a R$ 14 para retirada na loja. O estabelecimento também faz entregas. A média das vendas diárias é de 400 galões, incluindo os que ela vende para o atacado. Mas, na terça-feira (21), chegou a entregar o dobro, 800 galões.

Até que a água das torneiras volte ao normal, a tendência é de alta nas vendas de água mineral. “Quando chove, a demanda é essa. É daqui para pior”, afirma Alessandra.

Nota da Compesa

A Compesa tranquiliza a população de Petrolina e assegura que a água que está sendo distribuída no município está dentro dos padrões de potabilidade preconizados pelo Ministério da Saúde.

O que ocorre, na verdade, durante o período chuvoso, é o aumento na concentração de cloretos nas águas do Rio São Francisco. A água com esses materiais transborda nas contenções e chega às áreas de captação das Estações de Tratamento de Água Petrolina I e Petrolina II. No entanto, ela passa pelo devido tratamento antes de chegar às torneiras dos petrolinenses.

Apesar de perceptível ao paladar, a concentração observada atualmente é de somente 43% do valor máximo definido para esse parâmetro, segundo o Ministério da Saúde. A Compesa informa, ainda, que os valores medidos diariamente vêm apontando uma diminuição gradativa da concentração de cloretos na água distribuída, indicando uma tendência de normalização e restabelecimento da situação a curto prazo.






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