Nunes Marques pede vista e adia julgamento de Zambelli no STF; Zanin antecipa voto e placar chega a 5 a 0


Ministro Nunes Marques pediu mais tempo para análise no julgamento da deputada Carla Zambelli (PL-SP) | Divulgação/Antonio Augusto/STF e Reprodução


O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e adiou, na manhã desta segunda-feira (24), julgamento que pode condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) à prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Logo depois, o ministro Cristiano Zanin antecipou voto e placar chegou a 5 a 0 contra a congressista e por pena de 5 anos e 3 meses, em regime inicial semiaberto.

A medida de Nunes Marques significa pedido de mais tempo para análise do caso. O prazo é de 90 dias. Julgamento começou na última sexta (21), em plenário virtual, e tem previsão de seguir até as 23h59 de sexta (28).

Já votaram Gilmar Mendes, relator, e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Zanin. Falta um voto para que seja formada maioria contra Zambelli.

O episódio aconteceu um dia antes do segundo turno das eleições de 2022. À época, Zambelli sacou uma arma e a apontou para o jornalista Luan Araújo, apoiador do então candidato e hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma rua no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Além da condenação, Mendes ainda votou pela perda do mandato da deputada, "como efeito da condenação criminal".
Problemas na Justiça Eleitoral

Zambelli está encrencada também na Justiça Eleitoral. A bolsonarista teve diploma de deputada federal cassado, sendo considerada inelegível por oito anos a partir do pleito de 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político pela deputada. Cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ela permanece no cargo até que eles sejam esgotados.




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