FOTO: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO
"O mero envio de links não se confunde com a efetiva disponibilização do material em questão. A uma, porque o acesso à prova depende de realizar o download e a descompactação dos arquivos enviados. A duas, e especialmente, porque encontrar qualquer coisa nestes autos tem se mostrado tarefa complexa, para dizer o mínimo e muito pouco. Não só pela quantidade de provas produzidas (deferidas e apreendidas no âmbito deste feito), mas também pelo labirinto que sua manutenção fora dos autos criou", diz o recurso enviado ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Segundo os advogados, o volume de arquivos enviados pela PF - que ultrapassa 40 terabytes de dados - só começou a ser disponibilizado pouco antes do início das audiências, em 14 de maio, por isso não houve tempo hábil para conferir todas as provas entregues pela PF.
Eles afirmam ainda que o acesso ao conteúdo tem sido prejudicado, por exemplo, por falta de senhas.
Desde o começo das oitivas, a defesa do ex-presidente tem tentado atrasar os depoimentos das testemunhas, sob o mesmo argumento.
O ex-presidente se tornou réu no processo que apura tentativa de golpe de Estado. Ele é acusado de praticar cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
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