Evento aconteceu em Brasília e empossou novos dirigentes do PT | Foto: Divulgação
"Eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, eu tenho que falar o que é possível. Nós temos que falar aquilo que é necessário", disse, durante o discurso.
No evento, o presidente defendeu a importância da relação diplomática com os Estados Unidos, mas admitiu que o Brasil não é mais tão dependente do país norte-americano como já foi. "Daqui pra frente, eles têm que saber que nós temos o que negociar. Nós temos tamanho. Nós temos postura. Nós temos interesses econômicos e interesses políticos para negociar".
Entretanto, o petista reforçou que seu governo "não quer desafiar" Trump e disse que as propostas para negociar o tarifaço já foram apresentadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
"Estamos trabalhando. Vamos ajudar nossas empresas, vamos defender nossos trabalhadores e dizer o seguinte: quando quiser negociar, as propostas estão na mesa".
As falas de Lula acontecem poucos dias depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializar o aumento da tarifa para produtos brasileiros de 10% para 50% e aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky.
"Não queremos confusão. Quem quiser confusão conosco, pode saber que não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo", reforçou o presidente.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (1), Trump afirmou que está disposto a dialogar com o governo brasileiro: "Ele [Lula] pode falar comigo quando quiser".
Futuro do PT
Além de fazer um diagnóstico da representação do Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional após as eleições de 2022, Lula voltou a comentar sobre a possível candidatura em 2026 caso esteja em boas condições de saúde e afirmou estar em seu melhor momento pessoal e político.
Em julho, o PT elegeu o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva como seu novo dirigente nacional. O político tomou posse neste domingo (3) durante o último dia do encontro petista, que, além de Lula, contou com a presença de ministros, como Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Camilo Santana (Educação).
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