Grupo especial da Polícia Civil em Caruaru investiga tráfico de drogas

Medida emergencial foi tomada para priorizar crimes de tráfico, diz delegada.
'Grande parte das apreensões são fruto de denúncias anônimas', informa PM.

Material apreendido com grupo suspeito de associação para o tráfico, em Caruaru, Agreste de Pernambuco (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)

Duas equipes especiais da Polícia Civil investigam o tráfico de drogas e crimes relacionados ao tráfico a partir de setembro em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a delegada regional Polyanne Farias, a medida foi tomada com objetivo principal de apreender drogas e evitar a circulação delas. De janeiro a agosto de 2015, foram 771 kg de crack e mais de 75 toneladas de maconha apreendidos no município, segundo dados da Polícia Militar.

"A gente viu que a maioria dos homícidios aqui em Caruaru é relacionada de forma direta ou indireta ao tráfico. Então, nós fizemos um plano emergencial para saber como poderíamos priorizar os crimes de tráfico, desde que não sejam homicídios. São os roubos, os latrocínios, os objetos adquiridos ilegalmente por meio do tráfico", explica a delegada ao G1.

As "Equipes de Repressão ao Tráfico de Drogas", como são chamadas, pertencem à Diretoria Integrada do Interior 1 (Dinter 1) e à 3ª Divisão de Homicídios. Elas são coordenadas pela 14ª Delegacia Seccional de Polícia. Comissários e agentes participam das equipes e apresentam as ocorrências e investigações ao delegado plantonista. "Se a investigação levar a criminosos que estão fora de Caruaru, as equipes também podem efetuar prisões, mas o foco é Caruaru", detalha Polyanne Farias.

A quantidade de maconha apreendida em Caruaru nos primeiros sete meses de 2015 já ultrapassa a que foi apreendida no ano passado. Em 2014, foram 38.710 kg recolhidos pela Polícia Militar, e de janeiro a agosto deste ano foram cerca de 75 toneladas. Já o crack passou de 2.496 kg em 2014 para 771 kg de janeiro a agosto de 2015, de acordo com a PM.

"Grande parte das apreensões são fruto de denúncias anônimas, apuradas pelo Núcleo de Inteligência da PM, que averigua a veracidade da informação. Parte das denúncias são feitas aos próprios policiais, outras ao 190 e ao Disque-Denúncia", detalha o relações-públicas do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), capitão Edmilson Silva. Ele reforça que as ações preventivas de abordagem diária também "geram muitas apreensões".

Denúncias
A ajuda da população é importante no combate ao tráfico de drogas, e, consequetemente, a outros crimes. Por isso, serviços como o Disque-Denúncia intermedeiam o contato entre moradores e a polícia. "A importância de denunciar está ligada, claro, a auxiliar a polícia no combate e no controle da criminalidade", destaca o coordenador do Disque-Denúncia Agreste, Alexandre César.

Segundo ele, algumas informações são necessárias para agilizar as investigações. "É importante o denunciante trazer informações do local onde acontece o tráfico, quem são as pessoas envolvidas, se ela sabe quem faz o fornecimento da droga ou de onde essas drogas são oriundas. Se há utilização de armas também", orienta.

Quem tiver informações pode telefonar para o (81) 3719-4545, no interior ou (81) 3421-9595 na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte. Também é possível repassar informações por meio do portal da central, que permite o envio de fotos e vídeos. O serviço funciona durante 24 horas, todos os dias da semana. O anonimato é garantido.

(fonte: Paula Cavalcante Do G1 Caruaru)