Na agência de Petrolina, dos 12 peritos, 3 estão trabalhando.
Atualmente são realizadas 30 perícias por mês.
A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) já dura mais de três meses. Com isso, a população de Petrolina, no Sertão pernambucano, que precisa de perícias, está conseguindo agendamento para até 120 dias, ou seja, quatro meses.
A auxiliar de serviços gerais, Gercira Maria Araújo, fez uma cirurgia no mês de novembro e teria que aguardar até abril de 2016 para fazer a primeira perícia e conseguir o auxílio-doença. Mas por sorte, a mulher conseguiu um encaixe. “A empresa viu a minha situação e pediu para eu vir hoje aqui e ver se tinha como me encaixar e hoje eu consegui uma vaga”, disse Gercira.
Na agência de Petrolina, dos 12 peritos, apenas três permanecem desempenhando as atividades. Entre as reivindicações estão o reajuste salarial acima da inflação, estimado em pelo menos 10% e redução da carga horária de trabalho, de 40h para 30h por semana, sem redução no salário.
Antes da greve dos médicos peritos eram feitas, em média, 150 perícias na agência do INSS em Petrolina. Porém atualmente estão sendo realizadas 30 perícias por mês. De acordo com o perito e também delegados da Gerência Petrolina da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Márcio Feitosa, não há avanços na negociação com o governo federal.
“O governo está se mostrando insensível e até o momento não sentou para a negociação. A principal reivindicação da categoria é a adequação da carga horária, que o governo, através de um memorando, solicitou aos peritos que trabalhando 6 horas corridas, equivaleria a 8h trabalhadas. Queremos a regulamentação disso e melhoras nas condições de trabalho, entre outras reivindicações”, disse o médico perito.
De acordo com o Ministério do Planejamento, a redução da jornada de trabalho de 40h para 30h semanais, sem redução de salário impede o entendimento para o fim da greve. O governo está analisando a proposta.
(Do G1 Petrolina)
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