Com a chuva, prevenção contra o Aedes aegypti deve ser intensificada

Dona de casa procura eliminar focos do mosquito dentro da residência.
Borracharia colocou areia dentro de pneus para não acumular água.




Pneu acumula água na Avenida Principal do Santa Luzia (Foto: Amanda Franco/G1)

Desde os últimos dias de dezembro de 2015, começou a chover em Petrolina, no Sertão pernambucano. Uma grande alegria após meses sem precipitação e com altas temperaturas. Porém isso também acende um alerta para os riscos de proliferação do mosquito Aedes aegyptipela cidade. Na cidade é grande a quantidade de pneus descartados no meio da rua e que guardam a água da chuva.

Ao circular por alguns bairros não é difícil encontrar os focos para a reprodução do inseto transmissor não apenas da dengue, mas da Chikungunya e do Zika Vírus, este último suspeito de ter relação com os casos de microcefalia, malformação com alto índice em vários estados do Brasil, com destaque para Pernambuco.
Na rua 13 do bairro São Jorge, na Zona Norte da cidade, um pneu largado sobre britas pode passar despercebido. Mas é aproximar-se um pouco e perceber que há uma grande quantidade de água acumulada e pode servir também de criadouro para o mosquito. Na Avenida principal do bairro Santa Luzia a situação não é diferente. Os pneus ficam no meio da rua e misturam-se ao lixo espalhado pela via e em terrenos particulares.
Felizmente nem todas as pessoas ignoram situações como estas e procuram prevenir a doença. A exemplo da dona de casa Geni Maria de Souza Batista, que mora no Santa Luzia. Ela observa diariamente o seu quintal para eliminar qualquer chance de acúmulo de água. “Na minha casa eu tenho muito cuidado. Meu filho levou umas garrafas para a casa dele e eu disse logo que elas não podiam ficar de boca para cima, pois quando chovesse iria entrar água. Eles cobriram as garrafas já com medo do mosquito”, disse a dona de casa.
Pneu abandonado em terreno particular (Foto: Amanda Franco/G1)Pneu abandonado em terreno particular (Foto: Amanda Franco/G1)
Dona Geni ressaltou também que aproveitou a água da chuva para lavar uns panos de chão e o quintal. “Eu coloquei uns baldes da chuva para aproveitar, mas já usei e vou lavar os baldes com uma bucha e detergente de cima para baixo”, contou. A preocupação excede os muros de sua propriedade e Geni fala até com os vizinhos sobre o perigo das doenças. “Eu sempre pergunto à minha vizinha se ela tampa os baldes que ela junta água e ainda bem que ela disse que cobre tudo”, lembrou.
Dona Geni Maria procura eliminar qualquer foco do mosquito (Foto: Amanda Franco/G1)Dona Geni Maria procura eliminar qualquer foco do mosquito (Foto: Amanda Franco/G1)
Cristina Pereira da Silva também é moradora do mesmo bairro. Ela conta que na sua casa três pessoas já tiveram dengue e que, por isso, ela toma mais cuidado. “Eu limpo tudo. Por onde passo e vejo água empoçada eu limpo. Choveu e eu já varri tudo para não deixar a água parada”, disse.
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Borracharia colocou areia dentro dos pneus (Foto: Amanda Franco/G1)Borracharia colocou areia dentro dos pneus
(Foto: Amanda Franco/G1)
E se no São Jorge e Santa Luzia, os pneus são abandonados com acúmulo de água da chuva, em uma borracharia do bairro José e Maria os donos resolveram o problema. Os materiais usados para sinalizar o estabelecimento que poderiam servir de criadouro para o mosquito foram preenchidos com areia. Davi da Silva trabalha no local e contou que eles foram chamados atenção, mas que é uma boa ideia. “O pessoal da prefeitura veio reclamar dos pneus e disse que era para colocarmos areia em tudo e assim a gente fez. Aqui não acumula água”, destacou o borracheiro.   (Amanda Franco Do G1 Petrolina)

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