Custo da cesta básica em Petrolina teve inflação de 11,86% em 2015

Valor da Cesta básica atual é de R$ 302,08.
Consumidores devem pesquisar antes das compras.




A inflação do custo da cesta básica de alimentação no mês de dezembro de 2015 em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, teve uma alta de 2,92%. Os dados foram apresentados pelo Colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape), responsável pela pesquisa mensal do Índice da Cesta Básica (ICB). De acordo com o levantamento, houve também uma queda no poder aquisitivo da população. Já a inflação acumulada nos doze meses do ano foi de 11,86%.
A pesquisa apontou que todos os produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços. A carne, o açúcar e o feijão apresentaram altas consideráveis. Fazendo a análise do último ano, os alimentos que tiveram maior aumento foram a carne bovina, o feijão carioca, o café, o tomate, o açúcar e o óleo de soja. A farinha de mandioca e a banana tiveram os preços reduzidos.
Segundo a pesquisa, o aumento no valor da carne está relacionado com a menor oferta interna de bezerros, com a menor disponibilidade de comida no pasto e por causa da estiagem, houve o aumento das exportações. No caso do feijão, as condições climáticas minimizaram a qualidade e a produtividade, fazendo com que o preço aumentasse. O custo do tomate e do café também foram influenciados pela questão climática. O açúcar e o óleo de soja sofreram variação devido as exportações.
Para o professor João Ricardo, responsável pela pesquisa, 2015 foi avaliado como um ano ruim em relação ao poder de compra dos consumidores. “Fechamos o ano com inflação alta, ultrapassando a barreira dos dois dígitos ou dos 10%. Isso é ruim para os consumidores porque muitos tiveram dificuldades de renegociar as reposições salariais com base na inflação do ano passado e isso significou uma forte queda no pode aquisitivo. Hoje o custo da cesta básica em Petrolina é de R$ 302, 08”, destacou.
Ainda de acordo com João Ricardo, pode haver uma redução no valor dos produtos, mas com ressalvas. “Vamos ter um ano de aumento de preço porque não conseguimos imaginar que esse câmbio vai diminuir muito desse patamar que está. Só que o ano começou com chuvas, o que é muito bom para a produção dos produtos agropecuários. Podemos espera que um ano com normalidade climática, com chuvas regulares em todo o país, consiga então produzir. Aumentando a oferta pode ser que consiga fazer frente e reduzir ou não deixar os preços aumentarem”, concluiu.
Diante da incerteza econômica e provável aumento da taxa de câmbio, com a desvalorização do real em relação ao dólar, a população deve ficar atenta. “O consumidor deve então continuar com aquela política de pesquisar bastante, procurando as ofertas, outras marcas, pesquisando entre supermercados para ver se consegue economizar fazendo a comparação de preços”, disse João Ricardo.  (Taisa Alencar Do G1 Petrolina)

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