No Centro do Recife, taxistas fazem carreata e pedem segurança

Carreata deixou trânsito complicado na Rua da Aurora, centro do Recife (Foto: Reprodução/TV Globo)

Taxistas da Região Metropolitana do Recife (RMR) fizeram uma carreata na manhã desta sexta-feira (12) na área central da capital pernambucana. O grupo protestava contra os últimos casos de violência contra membros da categoria e cobra medidas de segurança do governo do estado. Os manifestantes seguiram até a Secretaria de Defesa Social (SDS) e dialogaram com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, sobre medidas que garantem a segurança dos profissionais.
Por meio de nota, a SDS afirmou que vai intensificar as abordagens a táxis com passageiros por equipes da Polícia Militar e da Operação Lei Seca. Além disso, o secretário Alessandro Carvalho se comprometeu a esclarecer as mortes de dois profissionais que foram assassinados neste ano - uma ocorrida em Jardim São Paulo, no último dia 29 de janeiro, e outra na noite da terça-feira (9) de Carnaval, em Rio Doce.
A melhor alternativa para combater casos de violência nos taxis, segundo Alessandro, é a volta da utilização do rastreamento por GPS, interligado ao Centro de Operações de Defesa Social (Ciods/SDS), que, segundo a Secretaria, foi suspensa por decisão dos próprios taxistas. A SDS afirma que esse equipamento, uma vez acionado em situações de perigo, possibilita a polícia dar resposta imediata, acionando viaturas para abordar o veículo e impossibilitar qualquer tentativa de prática criminosa.
Protesto
A concentração começou na Avenida Beira Rio, no bairro da Madalena. Em seguida, os taxistas passaram pelas Avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista. O destino final foi o prédio da SDS, na Rua São Geraldo. Segundo o Sindicato dos Taxistas de Olinda, mais de 300 motoristas participam da manifestação.
Taxistas cobram medidas de segurança no trânsito no Recife (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Taxistas cobram medidas de segurança no
trânsito (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Eles foram dialogar com o secretário para pedir a volta da Operação TX, realizada entre as décadas de 80 e 90. Por meio dela, a Polícia Militar podia revistar os veículos.

“Os táxis passavam por uma revista completa. Pediam a identificação do motorista e dos passageiros. Isso era uma garantia de segurança para todos. Hoje em dia, os policiais só querem saber se o taxista está ou não embriagado”, criticou o Leandro Santos, que fez parte do protesto.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Olinda, Arthur Moura, disse que a mobilização é um movimento espontâneo da categoria. “Os próprios taxistas criaram um grupo no WhatsApp para convocar a classe para participar. A gente espera uma resposta do governo. Foram três taxistas assassinados nos últimos três meses. A gente não tem segurança nenhuma”, afirmou.

Crime
Na madrugada da última quarta-feira (9), um taxista foi encontrado morto em Olinda. José Carlos Rodrigues de Souza, de 56 anos, estava trabalhando quando foi atingido por dois tiros na Primeira Etapa de Rio Doce. A Polícia Civil está investigando o caso. Ainda não há informações sobre autoria e motivação do crime. (Do G1 PE)

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