Direção divulgou a foto dos seis presos que fugiram da Penitenciária de Alcaçuz (Foto: Divulgação/ Sejuc)
A direção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, confirmou que 6 detentos fugiram na noite desta quinta-feira (10). A informação é do vice-diretor Juciélio Barbosa da Silva. Os presos escaparam por um túnel escavado a partir do pavilhão 4
Os fugitivos são: Edson Fábio Ribeiro da Costa, Eudes Rocha Bernardino de Sena, Francisco Adalberto da Silva Cardoso, Felipe de Lima Fernandes, Felipe Anderson da Silva e Renato dos Santos.
Uma recontagem foi feita na manhã desta sexta-feira (11) e o vice-diretor confirmou a quantidade de fugitivos. "Estamos tomando as medidas cabíveis. Após o guariteiro ter percebido a ação, outros detentos voltaram. A fuga ou tentativa de fuga é falta grave de acordo com a lei de execução penal", disse Barbosa.
Os presos usaram um túnel no pavilhão 4. Um guariteiro atirou quando percebeu a movimentação. Contudo, seis detentos conseguiram escapar. O pavilhão 4 possui cerca de 180 detentos. Ao todo, Alcaçuz tem aproximadamente 1.100 presos. A penitenciária fica na cidade de Nísia Floresta, na Grande Natal.
127 fugitivos em 2016
Com a fuga desta quinta-feira em Alcaçuz, 127 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar neste ano. A última fuga aconteceu nesta terça-feira (8) quando um preso se aproveitou da fragilidade da segurança e fugiu correndo pela porta da frente da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, cidade da região Oeste potiguar.
Com a fuga desta quinta-feira em Alcaçuz, 127 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar neste ano. A última fuga aconteceu nesta terça-feira (8) quando um preso se aproveitou da fragilidade da segurança e fugiu correndo pela porta da frente da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, cidade da região Oeste potiguar.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar completa um ano em estado de calamidade pública no dia 17 deste mês. O decreto - que segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) será renovado por mais seis meses - foi necessário após uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado.
O sistema penitenciário potiguar completa um ano em estado de calamidade pública no dia 17 deste mês. O decreto - que segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) será renovado por mais seis meses - foi necessário após uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado.
Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Melhorou ou piorou? Segundo o secretário Cristiano Feitosa, “melhorou muito pouco”.
Ao G1, o secretário fez uma avaliação e disse que “o sistema prisional potiguar possui hoje uma equipe de diretores mais integrada e informações estão sendo trocadas com mais rapidez, mas nesse um ano, mais precisamente no último semestre, a Sejuc está investindo pesado em planejamento e em medidas que vão se concretizar nos próximos seis meses. Então, as mudanças de maior efetividade e repercussão ainda estão por vir”, ressaltou.
Fuga aconteceu na noite desta quinta-feira (10) em Alcaçuz (Foto: Força Nacional)
Atualmente, ainda de acordo com o secretário, o Rio Grande do Norte possui algo em torno de 3.500 vagas para uma população carcerária de 7.500 detentos. “Ou seja, temos um déficit de 4 mil vagas para preencher”, revelou.
Para Feitosa, acabar com a superlotação é a única alternativa que a Sejuc tem para solucionar outros problemas do sistema. O secretário concorda que o inchamento dos presídios só fortalece as facções e incentiva as fugas. “Uma hora uma coisa explode”, observa. (Do G1 RN)
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