Marceone Ferreira, delagado da 26ª Delegacia
Seccional de Petrolina (Foto: Taisa Alencar / G1)
Seccional de Petrolina (Foto: Taisa Alencar / G1)
O número de assaltos no município de Petrolina, no Sertão pernambucano, cresceu nos cinco primeiros meses de 2016 em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco(SDS-PE). Este índice tem assustado os moradores e deixado as vítimas destes tipos de crimes traumatizadas.
Uma mulher, que preferiu não ser identificada, já foi assaltada quatro vezes. A última foi no dia 30 de maio quando ela chegava no consultório do dentista. "De repente, apareceu um senhor de moto, parou na minha frente, disse para passar a bolsa e mostrou a arma. Se alguém chegar perto de mim, eu já acho que é para me abordar. Não posso ver uma bicicleta, não posso ver uma moto chegando perto que fico assustada”, disse a vítima do assalto.
Ela registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) e disse que o ladrão levou um celular, uma pequena quantia em dinheiro e documentos pessoais. Porém o grande problema não é em relação às perdas materiais, mas ao trauma psicológico que ela ficou. “Eu fazia cursos, pois tenho vontade de progredir no meu emprego e conseguir coisas melhores para mim, mas hoje em dia eu estou abalada”, disse a mulher.
O aumento foi de 24%, segundo os dados. De acordo com o delegado seccional da Polícia Civil em Petrolina, Marceone Ferreira, este tipo de crime acontece em horários estratégicos, como a saída dos estudantes da escola. Ele aconselha que, nestes casos, as pessoas andem sempre em grupos e lembra que, em caso de assaltos, é necessário procurar a Delegacia para registrar o B.O. para mapear as ações criminosas.
“Isso é para que a gente possa direcionar a atuação da Polícia Civil e também passar para a Polícia Militar para que ela possa direcionar o efetivo às áreas mais críticas. Se tivermos estes dados em mãos conseguiremos elucidar, não somente aquele crime pelo qual ele foi preso no momento, mas outros que ele tenha atuado naquela área”, destacou o delegado Marceone Ferreira.
De janeiro a maio de 2015, foram 613 ocorrências e em 2016, no mesmo, período foram 755 boletins. Em 2015, duas pessoas morreram vítimas de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Porém neste ano, até maio, segundo a polícia não houve registro deste tipo de crime na cidade.
G1 Petrolina
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