Temperatura deve permanecer três graus abaixo da média em Petrolina


A temperatura durante o inverno em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, deve permanecer três graus abaixo da média. A previsão foi feita pela Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas (GMMC) da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). No mês de julho, a expectativa de chuva fica em torno de 13 mm.

Para os próximos meses de inverno, a temperatura que estava quatro graus acima da média histórica, deve continuar em queda. “Esse ano demorou para esfriar por causa do El Niño. Ficamos quatro graus acima e por isso o outono desse ano foi mais quente. A climatologia para o inverno é sair da casa dos 32 graus e ficar na casa dos 30 graus. O mês de junho foi o mais frio e julho e agosto deve ficar em torno de 30º C e 31º C". A mínima deve ficar em trono de 19º C”, disse o meteorologista da Apac Roni Guedes.
Em relação a chuva, Roni explica que os 13 mm da previsão para o mês de julho está dentro do esperado. “Estamos fora do período chuvoso. A quadra chuvosa é de dezembro a março. Então, nessa época, não chove nem em anos bons. Só vai começar a chover bem na metade de novembro e início de dezembro”, falou.

Mudanças climáticas
Ainda segundo a Apac, o cenário para os próximos meses no Sertão pode mudar. “O El Niño está enfraquecendo, perdendo força. No seu lugar vai surgindo a La Niña que tem efeito contrário, o que tende a favorecer mais a ocorrência de chuvas. Não necessariamente vamos ter chuva acima da média, porque depende de outros sistemas. Mas, isso só deve ocorreu a partir de dezembro”, ressaltou Roni.

A previsão é de que as temperaturas fiquem mais elevadas a partir de setembro. “Enquanto não se configura a questão do La Niña, deve ficar assim, a temperatura maior durante o dia e menor durante a noite. Teremos dias em que a temperatura pode ficar abaixo dos 19º C. Tudo indica que vamos ter uma mudança na configuração geral”, destacou o meteorologista.

Outono
No Outono, a temperatura máxima registrada foi de 37.4ºC e a mínima foi de 21ºC. Como a medição é feita em uma estação longe da cidade, a sensação térmica na área urbana pode ter sido superior.

“Fazemos a mediação em uma área padronizada, na estação do Instituto Nacional de Meteorologia. Ela fica em um local que não tem interferência de prédio ou de árvores. Se a medição for feita dentro da cidade, vai ser maior porque tem o asfalto, os prédios, a superfície quente”, explica Roni.

Em Fevereiro choveu 26 mm, 67% abaixo da média. Em Março foi apenas 12.5 mm, o que representa 87% a menos, em abril foi registrado apenas 2,7 mm de chuva, o que corresponde a 94% a menos que a média histórica. No mês de maio não houve ocorrência de chuva.

De acordo com Roni Guedes, o El Niño influenciou na mudança do clima na região. “Ele provoca o movimento descendente do vento. Esse movimento impede a formação de nuvens e como elas não conseguem se desenvolver, não tem precipitação. Por isso não ocorreu chuva como o esperado”, disse.

Verão
Com o enfraquecimento do El Niño e a chegada da La Niña, a Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Agência Pernambucana de Águas e Clima acredita que a haverá uma mudança na configuração geral, principalmente em relação a grande seca que atinge a região de forma mais intensa desde 2012.

“Acreditamos que estará melhor, que ocorra mais chuvas. Mas, a Apac só lança a previsão trimestral. Quando chegar em outubro vamos fazer uma reunião para ver como vai ser, para ter uma noção da previsão para o Verão”, destacou Roni Guedes. informações da Taisa Alencar/G1 Petrolina.

Postar um comentário

0 Comentários