Fernando Bezerra diz que “Nordeste paga o pato” e defende, no Senado, mais incentivos à região


Ao defender a necessidade do que ele denominou de “um mínimo de solidariedade federativa”, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) afirmou hoje (8), no Senado, que é preciso ampliar os incentivos financeiros e outros instrumentos de promoção de desenvolvimento das regiões mais pobres do país; especialmente, do Nordeste. Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com dirigentes da Instituição Fiscal Independente (IFI), instância que atua no âmbito do Senado, Fernando Bezerra observou que os incentivos regionais chegam a ser “insignificantes”.

“Nós estamos abrindo mão de receita para as áreas mais ricas do país. As áreas mais pobres recebem menos de renúncia tributária. E estamos sendo penalizados também pelo lado da despesa porque a União também não gasta (com o Nordeste) sequer o percentual correspondente à população (da região)”, afirmou. “Então, duplamente, nem somos atendidos pela despesa nem somos estimulados ou incentivados”, acrescentou o vice-líder do governo no Senado, durante debate na CAE em que a IFI apresentou dados consolidados sobre os principais indicadores fiscais e econômicos do país.

Além de cobrar mais investimentos públicos federais ao Nordeste, Norte e Centro-Oeste, o senador reforçou a necessidade de implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) como instrumento de melhoria da despesa e dos gastos públicos como também para o crescimento das três regiões. O vice-líder é autor da PNDR, construída desde a época em que Fernando Bezerra Coelho era ministro da Integração Nacional (entre 2011 e 2013) e já aprovada por diferentes comissões do Senado.

Fernando Bezerra ainda solicitou que a IFI apresente, em uma próxima audiência pública na Casa, dados que possam revelar como se distribui a despesa pública do ponto de vista regional. “Queremos saber o quanto é atribuído ao Nordeste porque, embora a gente leve a culpa por essa despesa, estamos pagando o pato de forma equivocada”, ressaltou. A ideia de Bezerra Coelho foi apoiada tanto pelo diretor-executivo da instituição, Felipe Salto, como pelo analista da IFI, Josué Pellegrini, ouvidos durante o debate de hoje na CAE do Senado.



Assessoria de Imprensa FBC

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