Em Lagoa Grandea (PE), Família de bebê com doença rara cria campanha para comprar medicamento que custa mais de R$ 2 milhões

Caixinhas para doações estão sendo colocadas no comércio de Lagoa Grande (Foto: Reprodução / TV Grande Rio)

Os moradores da cidade de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco, se uniram para ajudar no tratamento de uma menina de apenas cinco meses de vida. A pequena Melinda Gomes de Sá foi diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, uma doença rara e muito grave, que atinge um em cada dez mil bebês. As seis doses do medicamento utilizado para ajudar no tratamento custam mais de R$ 2,2 milhões, um valor que a família de Melinda não tem como pagar.

É um remédio importado, o mais caro do mundo, inclusive. Só temos um fornecedor no Brasil e isso faz com que ele seja caro, afirma José Almir de Leite, primo da menina.

Melinda está internada na UTI pediátrica do Hospital Osvaldo Cruz, em Recife, acompanhada pelos pais. O tratamento da AME Infantil precisa ser feito até os sete meses de vida. Depois disso o bebê pode desenvolver sequelas.

Melinda está estável, porém ela necessita ficar na UTI, pois ela respira com a ajuda de um respirador. Para ela ir pra casa, necessita de um home care, explica a mãe da criança, Ângela Larissa Leite.

A família da criança recorreu ao SUS e a Secretaria de Saúde de Pernambuco, para tentar o custeio do medicamento, mas não teve sucesso. A Secretaria negou nosso pedido, contestando que o medicamento não existia na lista do SUS e era de alto custo. Esse órgão que faz a inclusão no medicamento na lista do SUS é o Conitec, que também deu a justificativa. A partir daí, a gente, com ajuda de uma Ong do Recife, entrou com um advogado no Ministério Público, afirma Gabriella Leite, prima de Melinda.

Em nota a Secretaria de Saúde de Pernambuco disse que ainda não recebeu nenhuma medida judicial que garanta o fornecimento do medicamento para Melinda. A nota também informou que o medicamento não faz parte da lista do SUS. Por isso, o estado não pode comprar. O Ministério da Saúde solicitou o número do processo judicial para se posicionar sobre o caso.

Melinda está internada no Recife (Foto: Arquivo da família)

Sem conseguir comprar a medicação, os familiares de Melinda criaram a campanha “A sua ajuda pode salvar a minha vida”. Segundo a tia-avó da menina, Lucrécia Leite, qualquer ajuda é muito bem-vinda. Qualquer troco que vocês derem a Melinda é bom para a saúde dela e para a vida dela.

Clientes, comerciantes e empresários da cidade abraçaram a causa. As lojas estão recebendo cartazes, cofrinhos e caixinhas solidárias.

A gente sabe que é pouco o que estamos fazendo, mas é de coração. A gente pede apoio a todo o Vale do São Francisco para adotar essa causa. Solicitar a caixinha à família ou procurar os números das contas para fazer as doações. O que vier é bem-vindo, diz a comerciante Genilda da Silva Gomes.

Além das doações feitas no comércio, qualquer pessoa pode ajudar na campanha. Basta depositar qualquer quantia nas seguintes poupanças: (Caixa Econômica Federal, agência 1580, operação 013, conta 148962-2, no nome de Melinda Gomes de Sá) 

(A conta do Bradesco está no nome de Angela Larissa, mãe da menina. Agência 3908-0, conta 10000701-1, via 01, tipo 00)

Através dessa rede de solidariedade, a família espera poder comprar o medicamento. Eu peço a todos que puderem colaborar que, por favor, colaborem. Ela é muito importante par mim. É minha primeira neta e veio para mudar a nossa história, afirma a avó de Melinda, Jeane Gomes. As informações são do G1 Petrolina.

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