Cristiano está há cinco meses esperando por uma cirurgia — Foto: Reprodução / TV Grande Rio
“Estou aguardado o hospital fazer a minha cirurgia e até hoje, dia após dia, e nunca chega esse dia”, afirma Cristiano, temendo que o problema piore.
“Tenho medo de aparecer alguma infecção por causa da fratura e essa infecção agravar o corpo”.
Em casa, Cristiano anda com o auxílio de muletas, mas como não consegue colocar o pé no chão ele necessita da ajuda de outras pessoas para fazer algumas atividades do dia adia. “Até para escovar os dentes o pessoal tem que levar o material porque não consigo botar o pé no chão. Se eu tivesse feito minha cirurgia, podia fazer algumas coisas só. Hoje tudo o que eu tenho pra fazer é dependendo dos outros. [a demora] Só atrapalha mesmo. Está complicado pra mim”, lamenta.
Os familiares do vigilante vão com frequência ao Hospital Universitário, para saber se há algum prazo para a realização da cirurgia. No entanto, segundo eles, a resposta dos funcionários é sempre a mesmo, que não há vaga no HU, e que o Cristiano precisa esperar.
Em nota, o Hospital Universitário disse que o paciente está na fila de espera para fazer a cirurgia, que é considerada eletiva. A nota informou também que o caso está sendo acompanhado pela ouvidoria do hospital, para que a situação seja solucionada dentro das possibilidades da unidade, mas nenhum prazo foi dado para que o procedimento seja feito.
Confira a nota na íntegra
O senhor Cristiano de Sousa Rodrigues (33) vem sendo acompanhado pela equipe médica do ambulatório do HU-Univasf enquanto aguarda na fila das cirurgias eletivas. Os familiares do paciente, recentemente, realizaram um registrado na Ouvidoria da unidade e esta vem tomando todas as medidas necessárias para resolver o caso dentro das possibilidades atuais do hospital.
O Hospital Universitário compreende a aflição do paciente e de seus familiares, mas ressalta que o fato de ser a única unidade pública de saúde de média e alta complexidade para 53 municípios causa sobrecarga nos fluxos assistenciais. Nesse contexto, oferta uma quantidade de atendimentos bem maior que sua capacidade instalada, operando frequentemente com uma taxa de ocupação superior a 150%.
A resolutividade desse estado de superlotação está além da governabilidade do HU-Univasf e depende de uma readequação e ampliação da rede de saúde pública do Vale do São Francisco. As informações são do G1 Petrolina / TV Grande Rio.
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