Mães de pacientes em tratamento contra o câncer realizam protesto em frente à Apami em Petrolina (PE)

(Foto: Reprodução/ TV Grande Rio )

As mães de pacientes em tratamento contra o câncer fizeram um protesto em frente ao Centro de Oncologia da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), nesta quinta-feira (28) em Petrolina, no Sertão Pernambucano. Elas reclamam da falta de medicamentos importantes para o tratamento dos filhos.

Como o caso da Técnica de Enfermagem Simone Gomes. Ela já perdeu um filho para a doença e agora batalha pela vida do caçula de onze anos, que tem leucemia. As sessões de quimioterapia do menino estão atrasadas. "Uma situação que mexeu na quarta-feira passada, quando eu fui comunicada que essa medicação estava em falta, que a instituição estava passando por dificuldades, que não sabia como era que iria fazer", lamenta.
No ano passado, a instituição também enfrentou dificuldades financeiras. Os serviços chegaram a ser suspensos. Na época, a diretoria da unidade disse que a Secretaria de Saúde do Estado estava atrasando o repasse das verbas para a compra de medicamentos e pagamento de funcionários.

Agora, de acordo com as mães, a situação do Centro de Oncologia da Apami também é grave, porque muitas medicações importantes estão em falta, desde o mês passado. O filho da Dona de Casa, Érica Ribeiro, de três anos, tem um câncer raro de próstata em crianças. O tratamento dele está atrasado. As sessões de quimioterapia de alta dose deveriam ter terminado em setembro do ano passado. Já era pra ele estar na fase de manutenção. Três medicações que estavam em falta desde dezembro, chegaram na última segunda, mas existe o risco de faltarem novamente.

"As medicações que chegaram só deram para ele tomar e mesmo assim, muitas crianças ainda estão sofrendo com falta de medicação. Chega e dentro de cinco dias já falta", explica Érica.

(Foto: Reprodução/ TV Grande Rio )

O Centro de Oncologia da Apami atende pacientes de cerca de 70 municípios de Pernambuco, Bahia e Piauí. Se essas pessoas não fazem o tratamento em Petrolina, a única opção é seguir para o Recife ou Salvador. O filho da comerciante Tanelis Alves, de cinco anos, foi diagnosticado aos três com leucemia. Eles viajam de Casa Nova-BA toda semana para Petrolina, onde as sessões de quimioterapia são realizadas.

"Meu filho faz o tratamento. Ele foi diagnosticado com 3três anos de idade e eu venho aqui fazer um apelo a Wilker Torres, prefeito de Casa Nova. São 60 adultos que fazem tratamento aqui e quatro crianças e não vem nenhuma verba. Então eu faço um apelo para que ele venha ajudar esse hospital, porque antes tinha que fazer o tratamento em Recife ou Salvador. Hoje nós temos bem pertinho da gente. Por que nós não mantermos esse hospital aberto?", questiona Tanelis.
Até a publicação desta matéria, o Governo do Estado não se pronunciaram sobre o assunto. Em nota, a Diretoria da Apami afirmou que recursos de emendas parlamentares, que somam mais de R$5 milhões, não foram repassados para a instituição. A Diretoria informou ainda que a aprovação da habilitação do Hospital Dom Tomás como UNACON não foi concretizado.

Confira a nota completa:Os recursos das emendas parlamentares do Senador Fernando Bezerra Coelho e do Deputado Adalberto Cavalcanti, totalizando R$ 5.500.000,00, depositados na conta do Estado de Pernambuco em abril de 2016, destinados ao Hospital Dom Tomás, até hoje não foram repassados à instituição. Referidos recursos poderiam ter sido absorvidos pelo Estado, desde que o valor correspondente tivesse sido destinado à Apami, o que não ocorreu.

A aprovação da habilitação do Hospital Dom Tomás como UNACON, assinada pelo Ministro Gilberto Occhi em novembro de 2018, e que teria contratualização prometida pelo estado até dezembro de 2018, não foi concretizado. Esse atraso prejudica o recebimento dos recursos anunciados e de outras dotações orçamentárias necessárias para o bom funcionamento do serviço.



As informações são do G1 Petrolina.

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