Palco de reestreia, Maracanã liga Oswaldo de Oliveira a memórias com Fluminense e Corinthians

Foto: Infoesporte

De volta ao Fluminense para sua terceira passagem pelo clube como técnico, Oswaldo de Oliveira fará a reestreia nesta quinta-feira, contra o Corinthians, pelas quartas de final da Sul-Americana, às 21h30, no Maracanã. Uma combinação que traz grandes recordações para o treinador. No estádio, viveu momentos marcantes tanto pelo Tricolor, quanto pelo clube paulista. Dois deles, um por cada equipe, se destacam.

Foi no Maracanã, pelo Corinthians, que Oswaldo conquistou o maior título de sua carreira, o Mundial de Clubes de 2000. Em 14 de janeiro daquele ano, a equipe paulista venceu o Vasco nos pênaltis diante de 73 mil torcedores. Após a conquista, o treinador se dirigiu à torcida corintiana e acenou como se desse um abraço à torcida.

Gesto que viraria sua característica e que se repetiria anos depois, no Fluminense. Mais precisamente no dia 5 de dezembro de 2001.

Em sua primeira passagem pelo Tricolor, Oswaldo foi surpreendido por um Maracanã lotado cantando parabéns pelo seu aniversário. Foi no duelo contra a Ponte Preta, pelas quartas de final do Brasileirão. A festa deixou o treinador visivelmente emocionado. Na coletiva de apresentação em seu retorno, o comandante tricolor recordou o momento:

- A torcida do Fluminense me prestou uma homenagem inesquecível para mim. Fora os títulos que conquistei, a lembrança mais forte e emocionante foi dada pela torcida do Fluminense naquele dia.

As primeiras passagens de Oswaldo por Corinthians e Fluminense foram marcantes. Pelo clube paulista, além do Mundial, conquistou também o Estadual e o Brasileiro de 1999. Pelo Tricolor levou até as semifinais da competição nacional um clube que ainda recuperava sua auto-estima da desastrosa década anterior.

Oswaldo teve mais uma passagem pelo Fluminense e outras duas pelo Corinthians. Em ambos os casos não conseguiu repetir o sucesso da “primeira vez”.

Em 2006, ficou no Tricolor apenas entre abril e agosto. Chegou até as semifinais da Copa do Brasil e foi demitido quando o time ocupava a sexta posição no Brasileiro. Saiu envolto em polêmica com Celso Barros. Afirmou que sua demissão foi por pressão do então patrocinador, na época presidente da Unimed/Rio, hoje vice-presidente tricolor.

Oswaldo voltou a comandar o Corinthians em 2004 e depois, novamente, em 2016. Na segunda, aliás, ele substituiu Fábio Carille, adversário desta noite, que na época ainda era auxiliar e ocupava a função de treinador interinamente após a queda de Cristóvão Borges.

A campanha do técnico, porém, não foi boa. Ele comandou o Timão em apenas nove jogos, teve 27% de aproveitamento e não conseguiu a classificação para a Copa Libertadores do ano seguinte. Inicialmente bancado para a próxima temporada, ele caiu antes do esperado, sendo demitido após uma breve reunião em uma churrascaria na capital paulista.

Depois da saída de Oswaldo, o Corinthians negociou com diversos treinadores. Mas, sem sucesso, decidiu apostar em Carille, que viria a conquistar três Paulistas (2017, 2018 e 2019) e um Brasileiro (2017) pelo clube.

Em 2004 passagem do treinador pelo Timão já havia sido rápida: quatro meses, com 37,5% de aproveitamento e queda após goleada por 5 a 0 sofrida para o Athletico-PR.

Aos 68 anos, Oswaldo busca o título da Sul-Americana pela primeira vez na carreira. As informações são do Bruno Cassucci e Felipe Siqueira / GloboEsporte.com.

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