Deputados brigam durante sessão extraordinária na Alesp

Foto: Reprodução

Uma discussão entre os deputados Arthur Moledo do Val (sem partido), conhecido como Mamãe Falei, Ênio Tatto (PT) e outros parlamentares agitou a sessão extraordinária da Assemleia Legislativa de São Paulo na noite desta quarta-feira (4). Os deputados quase trocaram socos, mas foram contidos por colegas que estavam no plenário Juscelino Kubistchek, por volta das 21h30.

De acordo com Mamãe Falei, o deputado Ênio Tatto teria ofendido deputada Janaína Paschoal (PSL). "Ênio Tatto subiu na tribuna e falou que a Janaína Paschoal sentou no colo do João Doria. Isso é inadmissível, um desrespeito. Depois, ficou falando mal do PSDB", relatou.

Segundo o deputado Mamãe Falei, anteriormente filiado ao DEM — que discutiu com militantes que estavam na galeria do plenário —, além do incômodo com as críticas direcionadas à sigla tucana, a assinatura de contratos de publicidade por parte de deputados petistas teria sido outro estopim da confusão.

"Está engasgado na minha garganta e não aguento mais: o pessoal da Casa assinou um contrato de R$ 40 mi com uma agência de publicidade. Esses vagabundos, quando vão proteger o deles, fazem esquema com agência de publicidade, assinam quietos. Quando falamos [sobre a questão em plenário], uerem sair na porrada, porque são truculentos", desabafou.

O deputado Arthur Mamãe Falei disse ainda que foi impossibilitado de deixar o gabinete e ficou "preso no próprio trabalho", pois um grupo de apoiadores do deputado petista se postou na frente do Legislativo paulista e fez ameaças.

Provocação barata

Já o petista Ênio Tatto admitiu que usou um termo inadequado ao discutir com a deputada Janaína Paschoal, mas negou a ofensa relatada por Arthur Mamãe Falei contra a parlamentar do PSL.

"Eu falei que politicamente ela havia caído no colo do governador Doria. É bem diferente de dizer que [a deputada] havia sentado no colo dele. De qualquer forma, foi um erro e já pedi desculpas a ela", afirmou Tatto.

Entretanto, o petista negou que este tenha sido o verdadeiro motivo do tumulto. De acordo com Ênio Tatto, a sua indignação ocorreu pelo fato de o deputado Mamãe Falei ter chamado a militância que acompanhava os trabalhos no plenário de "vagabundos".

"Ele é um provocador barato. Pediu para falar por dez segundos e só provocou a plateia. Disse que teriam de ter estômago para ouvi-lo. Chamou [os militantes petistas] de vagabundos por quatro vezes. Foi advertido pela presidência [da sessão]. Virou tumulto e parti para cima dele", declarou Ênio Tatto.

Pedido de cassação

O parlamentar do PT revelou que irá representar junto à Comissão de Ética da Alesp um pedido de cassação do deputado Arthur Mamãe Falei por quebra de decoro porque, durante a confusão, teria feito acusações contra outro petista, Teonilio Barba, também presente na sessão, por cobrança de propina em um contrato envolvendo uma montadora de veículos. As informações são do R7.

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