Saída de Love e possível chegada de Jô: entenda os motivos para a troca no ataque do Corinthians

Sai Love, chega Jô? Corinthians opta por mudança de rumo no ataque — Foto: GloboEsporte.com

Depois da rescisão de contrato de Vagner Love com o Corinthians, uma pergunta se intensificou na cabeça da Fiel torcida: "E o Jô?".

A insistência e a expectativa alta da diretoria em contratá-lo nas próximas semanas podem mudar a configuração do ataque corintiano em 2020. E tanto esse desejo em trazer Jô de volta quanto o repentino e surpreendente desligamento de Love têm explicação.

A possibilidade de reforçar o ataque facilitou a decisão do Timão de liberar o artilheiro do amor. Porém, antes mesmo de receber a proposta por Love, o clube já negociava com Jô. Abaixo, o GloboEsporte.com explica como a saída de um está relacionada com a possível chegada do outro.

A saída de Love

Prestes a completar 36 anos, Vagner era o jogador mais velho do elenco do Corinthians. O contrato dele, assim como o de Boselli, tinha validade apenas até o final da atual temporada. Com salário alto e idade avançada, Love não era titular absoluto do técnico Tiago Nunes, mas disputou nove dos 14 jogos do ano.

O atacante era visto como uma espécie de 12º jogador do elenco: atuou por vezes ao lado de Boselli, formando dupla de ataque (foram titulares juntos em três jogos), chegou a jogar deslocado nas pontas, pelo meio e também "quebrou o galho" em algumas partidas mudando constantemente de posição. Querido e respeitado internamente, não era mais protagonista, mas sim compunha o elenco.

Ciente de seu papel no elenco e da possibilidade de não ter o contrato renovado, Love entendeu que a chance de voltar ao CSKA não poderia ser desperdiçada, até porque as oportunidades tenderiam a ser mais escassas com o retorno de Jô. Além disso, ele é ídolo no clube russo e recebeu uma oferta atrativa financeiramente.

Nessa linha - e tentando enxugar gastos - o Corinthians gostou da possibilidade de economia de seis meses de contrato do centroavante e não impôs barreiras para a liberação de Love. O CSKA não pagará nada ao Timão.

A possível chegada de Jô

Bem antes de receber a proposta para uma rescisão amigável com Vagner Love - o que só aconteceu nos últimos dias - o Corinthians já batalhava nos bastidores pela contratação de Jô. Ciente de que o atacante estava sendo pouco aproveitado no Nagoya Grampus, do Japão, o presidente Andrés Sanchez passou a marcá-lo de perto desde o começo desse ano.

O clube sabia que teria dificuldades para arcar com salários de três atacantes de peso, como Boselli, Jô e Love, e já projetava a saída de um deles. Só não imaginava que seria tão rápido.

No início desta semana, em entrevista ao GloboEsporte.com, o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves não citou nomes, mas abriu a possibilidade de jogadores menos utilizados deixarem o clube, o que aliviaria a folha salarial e abriria espaço no grupo.

Aos 33 anos, Jô é um sonho antigo do Timão, principalmente pela relação com o clube, no qual foi formado, e a ótima impressão deixada em 2017. Foram 25 gols naquela temporada, sete deles em clássicos, e a conquista dos títulos paulista e brasileiro como protagonista.

O retorno do atacante ainda não é certo, mas a diretoria alvinegra trata o assunto com grande otimismo. Nos últimos dias, o Corinthians encaminhou um acerto com Jô, mas o atacante leva as conversas em banho-maria, sem pressa para assinar o contrato.

A possível volta de Jô traria um concorrente de peso a Boselli, titular em 12 dos 14 jogos no ano e artilheiro da equipe na temporada, com seis gols.

Atualmente, além do argentino, o técnico Tiago Nunes conta com os atacantes Davó, Everaldo, Janderson e Yony González. As informações são da Ana Canhedo / Globoesporte, São Paulo.

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