Silêncio do ministro da Economia preocupa setores da política e do mercado. Castello Branco, demitido da Petrobras, é nome da confiança e muito próximo ao ministro. Decisão desbanca Guedes do papel de “Posto Ipiranga” de Bolsonaro.
A madrugada promete ser tensa, em Brasília. Já dura 48h o silêncio do ministro da Economia, que tenta administrar duas recentes decisões do presidente Bolsonaro: a renúncia na arrecadação do imposto federal sobre o diesel e o gás de cozinha e a troca no comando da Petrobrás. Os sinais emitidos pelo presidente reforçam a ideia de que Bolsonaro está decidido a interferir na política de preços dos combustíveis.
A iniciativa também denota que o titular da Economia não é mais o principal conselheiro do presidente - o “Posto Ipiranga” - em questões que impactem a área. O apelido passou a ser utilizado de forma irônica nesta sexta por interlocutores políticos dos dois lados.
A troca na Petrobras desabriga homem da confiança de Paulo Guedes e o substitui por um quadro militar - como é típico das escolhas do presidente, todas as vezes que considera haver uma crise que afeta sua autoridade. O mesmo rito foi adotado nas duas trocas Ministério da Saúde, quando Bolsonaro demitiu dois civis em dissintonia com suas decisões e nomeou um militar.
Desta vez a decisão balança o último pilar civil de sua gestão, desde a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça. Paulo Guedes teria atuado para evitar a troca na Petrobras. Perdeu mais esta.
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