Durante live transmitida no dia 16 deste mês, Bolsonaro teceu críticas à decisão da Anvisa e anunciou ter pedido "extraoficialmente o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos". O presidente disse: "Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e forme o seu juízo".
A fala foi interpretada como uma forma de intimidação e levou várias associações a se manifestarem em defesa do trabalho realizado pela Anvisa. O órgão citou as ameaças de morte que diretores têm sofrido desde o fim de outubro deste ano e destacou que "o ambiente de trabalho é isento de pressões internas e avesso a pressões externas". O pedido de investigação das declarações de Bolsonaro foi apresentado ao Supremo na quarta-feira passada (22) pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
A Procuradoria-Geral da República afirmou em 19 de dezembro que havia determinado que fossem adotadas providências no sentido de contribuir para assegurar a proteção dos dirigentes da Anvisa. O anúncio foi feito depois de a agência relatar que seus dirigentes voltaram a receber ameaças após darem aval para o uso da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.
A PGR disse que "comunicações anteriores acerca de situações assemelhadas foram diligentemente tratadas por membros do Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná, que contam, no tema, com o zeloso trabalho da Polícia Federal".
0 Comentários
Os comentários não representam a opinião deste site; a responsabilidade é do autor da mensagem.